Abre as Asas e vai!
Ninguém merece.
Nem tu, nem eu!
Ninguém!

Como um pássaro que vai
Quando uma porta se abre
Não olhes para trás e vai depressa

Como a noite quando cai
Abraçando a cidade
Deixa simplesmente que aconteça

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem

Como um barco que se afasta
De uma das margens do rio
Não há um só lado na vida

Quando um beijo já basta
Corpo quente em corpo frio
Deixa que aconteça a despedida

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem

E que a despedida
Seja só o recomeço
Livre asa solta
Voa alto, eu não te esqueço

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem




Pólo Norte - Asa Livre



Mensagem para uma Andorinha

Tenho a certeza que encontrarás o amor que mereces para contigo voar...
Desculpa, por não ter espaço para tí ... em mim!
Desculpa, por não me deixar levar por esse sentimento!
Desculpa, por me teres conhecido e por me ter deixado conhecer!
Desculpa, por não te dar qualquer espécie de esperança!
Ambos sabemos que a vida acaba por ser apenas mais um recomeço diário dum novo voo.

...e que a despedida...seja só o recomeço...

Ir mais além

Estágio de Voo na Anadaluzia

Aproveitando o feriado da passada semana, estive no sul de Espanha. Já conhecia a região da Andaluzia, mas nunca tinha estado em Algodonales e El Bosque.

Foram quatro dias de muita acção em várias frentes. :-) Uma viagem inesquecível e repleta de aventuras excitantes. Aqui ficam dois videos com Voo livre, Kitesurf e “Fiestas” diúrnas... Houve também uma “fiesta” nocturna com “mucho salero” num dos dias… mas essas imagens ficam registadas apenas na memória.

Para mim, voar livremente não é só pairar acima das montanhas, desbravar estradas de nuvens incógnitas ou observar paisagens idílicas, é também sentir de uma forma mais intima a realidade da vida das pessoas com quem me cruzo.





1º Estágio da AVLS Team 2008 - Parte 1








1º Estágio AVLS Team 2008 - Parte 2

Quase tudo acerca de quase nada...

Sobre as lições de vida...
Não faças uma prioridade de alguém que te toma como uma opção.

Sobre a rapidez das coisas...
Não tenhas medo de avançar lentamente; Tem apenas medo de ficar imóvel ou parado.

Sobre as amizades...
Na prosperidade, os nossos amigos conhecem-nos; Na adversidade, conheçemos os nossos amigos.

Sobre a paixão...
Um homem não pode viver sem lume, e não é possível fazer-se lume sem queimar alguma coisa.

Sobre a loucura no amor...
Há sempre alguma loucura no amor; Mas, há sempre um pouco de razão na loucura.

Sobre as esperas...
Nada cai do céu, quem não tentar bem pode esperar sentado.

Sobre as mudanças...
Por vezes as mudanças são positivas. Outras vezes as mudanças são...TUDO.

Sobre as certezas absolutas...
Apenas porque estás certa, não significa que estou errado.

Sobre as perspectivas...
Perspectivas? ... Mostra-me as tuas!

Sobre as coincidências...
Coincidências? Bah!... Isso é para meninos!...

Sexo forte versus sexo fraco

Fiquei estranhamente impressionado com uma reportagem televisiva acerca da mudança das relações entre o homem e a mulher modernos.

O incomodo deveu-se ao facto de ter constatado uma realidade com a qual convivo diariamente, mas que dificilmente conseguia entender a visão feminina acera deste assunto.

Fui capaz de identificar explicações para algumas "falhas de carácter" pessoais, resultantes de toda esta confusão existente entre sexos, numa época de absoluta afirmação feminina a todos os níveis.

Aceito todas estas mudanças, como sendo necessárias e positivas, mas assusta-me toda esta confusão de sentimentos e afectos reinante entre sexos. Cada vez mais me quer parecer, que ambos os sexos se escondem atrás dos prazeres fáceis e imediatos para justificar, abafar ou confundir outros sentimentos muito mais importantes.

Por estas e outras razões, constato que a minha capacidade de sentir algo por uma mulher anda profundamente adormecida. A capacidade de poder partilhar algo de mim com alguém é simplesmente assustadora neste momento! Com tantas opções apetitosamente fáceis e imediatas, seria difícil (nunca impossível) esforçar-me numa relação duradoura. Até porque, continuo a sentir falta daquele beijo (exclusivo) que me faz sentir seguro até mesmo no meio da pior das catástrofes ... falta do abraço (exclusivo) naqueles momentos em que quero contar algo importante ou algo insignificante. Como sonhador que sou, sonho com um amor demasiado idílico e que possivelmente nunca me cansarei de procurar.

A solidão emocional passou a ser um sinal marcante dos tempos que correm! Vive-se alegremente rodeado de milhares de amigos (Straight, Lésbicas, Gays, etc…) . Saboreia-se constantemente aventuras muito interessantes e revigorantes. Mas… falta sempre algo de verdadeiramente especial nas vidas da maioria dos homens e mulheres modernos...

Encontro-me numa ilha criada por mim, onde não tenho dificuldades em conhecer mulheres desinibidas e interessantes, onde o consumo do sexo é devorado sem complexos, onde tudo é fácil e no fundo tem pouco sentido ou significado. No meu mundo, os homens querem mulheres perfeitas e as mulheres também querem o oposto. Nem uns são perfeitos e o inverso também não acontece! Todos sabem o que querem, mas não se empenham para lá chegar...

Muito possivelmente, o que escrevi deixará de fazer sentido numa outra altura e num outro contexto, mas de momento é aquilo que me apetece escrever sobre o assunto…

Wind burns & earth turns

Será possível que diariamente se critique o destino? Tenho como dado adquirido que não me devo preocupar em viver muito, mas sim em viver plenamente. O viver muito depende do destino e o viver plenamente dependa apenas da alma. Uma vida plena é longa quanto basta (mesmo que curta em termos de existência física).


Qual o interesse dum homem ter vivido 90 anos, sendo que grande parte desses anos foram passados na inacção? Esse homem não viveu plenamente, apenas se arrastou nesta vida; Ele não morreu muito tarde, apenas levou foi muito tempo a morrer!

Aquele jovem adulto que morreu na força da vida, será que pode ter vivido plenamente? É certo que a sua existência física pode ter sido curta, mas também não será descabido considerar, que embora o seu tempo de vida ficasse incompleto, a sua vida pode ter atingido a plenitude.

Qual a diferença entre um homem que vive a vida em pleno e um outro que apenas acumula numerosos anos de existência? O primeiro continua a existir depois da morte, o outro já estava morto antes de morrer!

Se a nossa vida pudesse ser comparada com um “Diamante”, seria de todo interessante que valesse pouco pelo espaço que ocupa, e muito pelo peso que tem! Avaliemos a vida pelos actos que praticamos e não pelo tempo que ela dura.

O clube de voo livre do qual faço parte, tem vindo a desenvolver alguns projectos interessantes ao longo dos anos.

Este ano a Associação do Voo Livre de Sintra passou a contar (durante a época de 2008) com a colaboração dum especialista na área da assessoria psicológica aos pilotos da AVLS Team (equipa de competição) .

Esta colaboração é extensível a todos os associados da AVLS e este programa contará com a participação deste técnico durante os estágios da equipa e em algumas provas do campeonato nacional. Trata-se de um projecto inovador e sério, numa área pouco explorada a nível dos desportos amadores e até mesmo do desporto profissional.

No passado Sábado pude participar num Seminário relativo ao tema: Processos Psicológicos aplicados ao Rendimento Desportivo. Se algum desportista estiver interessado em alargar os seus horizontes na área da psicologia do desporto, pode fazer o download dos seguintes artigos interessantes sobre o assunto:

A superação emocional e o rendimento desportivo (Formato PDF)

Definição de objectivos como estratégia motivacional em contexto desportivo (Formato PDF)

Do treino psicológico e da visualização mental (Formato PDF)

No seguimento deste seminário, vou participar no primeiro estágio da nova AVLS Team 2008. O estágio terá lugar em Pedro Bernardo (Espanha) entre os dias 22 e 25 de Maio de 2008.

Espanha aqui vou eu...

Niviuk Portugal Team Pilot

Acabei de ser informado pelo importador nacional, que passei oficialmente a integrar a lista de pilotos apoiados a nível mundial pela marca de Parapentes NIVIUK. Sinto-me enebriado por constar numa lista, onde estão alguns dos meus maiores ídolos neste desporto. Adoro voar com o material de elevado nível de desempenho, qualidade e segurança que esta marca fabrica.


Os "mens" da Niviuk até colocaram no website, a frase que escolhi para definir a minha paixão pelo voo livre:
"The sky is not the stadium where I satisfy my ambition to achieve, it´s the cathedral where I practice my religion."

Os pilotos Portugueses patrocinados pela Niviuk em 2008 são:

Paulo Reis (clicar aqui para ver fotos)


Sonhar não custa mesmo nada ...
IF YOU FLY IT... I'LL FLY IT TOO! But...never fly faster than your guardian angel :-)

Após múltiplos pedidos (mais precisamente nenhum), acedi finalmente a publicar um estudo sobre as espécies que habitam o ecossistema Kitesurfistico. Claro que me estou perfeitamente a evacuar para os pedidos, eu escrevo sobre o que muito bem me apetece e agora apeteceu-me, não fiquem a pensar que eu sou sensível a pedinchices!

E sem mais delongas, passemos às espécies:

Crocodilo – Esta espécie surge por causa de um defeito cultural. Este animal quando sente o vento a aumentar projecta-se imediatamente para dentro de água, nem que seja para engolir valentes pirolitos.

Gafanhoto – Espécie agressiva que desenvolveu um instinto para entrar no mar, saltando com o Kite para cima das outras espécies. Os mais radicais costumam acompanhar os saltos com o grito “MOCHE!”.

Metrossexual – Confesso que já vesti por diversas vezes a pele deste animal. É o tipo que não sabe nicles de Kitesurf, mas monta o equipamento topo de gama, para parecer que tem alguma competência. Raramente molha o fato e sabe toda a teoria sobre um desporto que ainda não sabe praticar.

Sardinha enlatada – Esta é muito comum nas praias grandes com extensos areais, sendo constituída por toda aquela massa amorfa de kitesurfistas que tem a preferência por andar a velejar compactada num curto espaço da praia...

Espadachim – Muito comum nas praias nacionais. Esta espécie usa colete salva-vidas, não percebe nada de prioridades e usa o kite de forma a colocar em perigo a integridade física dos seus vizinhos num raio equivalente ao alcance do seu Kite.

Medricas - Também conhecido por assustadiço. Esta é uma espécie que permite alguma diversão. Basta dizer: “Mau, o mar hoje está mesmo perigoso!” Depois é só recostar e vê-los a entrar em pânico. Se tiverem sorte, até conseguem ver alguns a tremer antes de entrar no mar...

Mete nojo – É aquele animal que teima em guardar à sua volta (e por vezes do seu kite) uma área de segurança, mesmo quando é notório que os seus vizinhos mais próximos não controlam minimamente o espaço que ocupam. O mínimo contacto é de imediato brindado com reacções do tipo “tu não me toques, senão ponho-te a cuspir os dentes.” Ou “…mas, eu estou bem aqui ou quê? Arranco-te os … (ditos) à estalada.”

Carente – É um animal tão necessitado de atenção, que jamais consegue largar o seu ex-instrutor de kitesurf. Mesmo tendo acabado o curso há 15-20 anos atrás, ainda se considera um aprendiz com um futuro risonho.

Enguia – Consegue esgueirar-se entre zonas congestionadas de kites, navegando por locais aparentemente impossíveis, procurando normalmente alcançar os locais mais desafogados em termos de fauna. É das poucas espécies que aprecio neste ecossistema!

E pronto, eis encerrado este enorme estudo sobre as espécies do ecossistema Kitesurfistico. Se por acaso quiserem aprofundar mais este tema, façam as vossas próprias investigações, pois quanto a mim, a minha integridade física exige a suspensão imediata e definitiva de todo e qualquer estudo sobre este tema.

Aqui ficam algumas das imagens colhidas a ferros e montadas aleatoriamente, referentes a uma sessão de aulas de kitesurf no passsado Domingo na Fonte da Telha. Se estiverem atentos, podem até apreciar algumas das espécies anteriormente descritas nestas imagens...



Uma palavra não diz nada

Uma palavra não diz nada
e ao mesmo tempo esconde tudo
Igual ao vento que esconde a água
Como as flores que escondem o lodo

Um olhar não diz nada
E ao mesmo tempo diz tudo
Como a chuva sobre tua cara
Ao ver um mapa de algum tesouro

Uma verdade não diz nada
E ao mesmo tempo esconde tudo
Como uma fogueira que não se apaga
Como uma pedra que nasce aos poucos

Se um dia me faltares não serei nada
E ao mesmo tempo serei tudo
porque em teus olhos estão minhas asas
E está a onda onde me afogo.


Poema de Carlos Varela

Eu sou voador porque...

Se voar for uma linguagem do Homem, Parapente será a sua Poesia...

O Viajante

Gosto desta sensação de ter vontade de viajar. Agrada-me a ideia de não pertencer a lugar nenhum. Em vez de caminhar, eu prefiro ir transitando por aí. Se tiver de terminar os meus dias em lugar nenhum, é precisamente aí que eu sonho chegar um dia.

Segundo a minha mãe, comecei a viajar quando nem me entendia como sendo gente. Agora que já sou gente e enquanto assim permanecer, continuarei a ser um andarilho pela estrada de nuvens, terra ou asfalto mais favorável.

Não sou patriota, um vez que considero que a minha pátria é o meu planeta. Já fui cidadão Moçambicano, Sul Africano e Português, mas derrubei as fronteiras da nacionalidade à muito anos atrás e agora sou somente mais um Terráqueo.

Adoro Portugal, mas também gosto muito da Rússia que nunca visitei (mas irei visitar um dia destes), do Brasil onde sempre irei voltar. Todos estes lugares possuem uma lição para me ensinar! Cedo percebi que para viajar, sempre me bastou a força do ousar e do acreditar.

Quando era puto e me perguntavam: - O que queres ser quando cresceres?
A resposta era: - Eu quero ser “Viajante”.


Quando cresci e me perguntavam: - O que vais estudar e o que vais fazer na vida?
A reposta foi: - Eu quero saber tudo acerca de ... ser Viajante".

Na altura das decisões capazes de alterar o meu percurso na vida, optei (sem pestanejar) por tirar o Curso de Gestão Túristica pois era o que mais se aproximava do meu ideal... Viajei por terra, mar e ar; viajei com dinheiro e sem dinheiro; Viajei sozinho e acompanhado... Viajo de qualquer maneira, principalmente em sonhos!

Actualmente opto (a maior parte das vezes) por viajar sem grandes planos e com destino in…certo! Tenho um mochilha sempre preparada (durante o ano inteiro) para partir a qualquer momento.

Viajar é a minha sina. As minhas experiências e a as minhas viagens têm o tamanho exacto daquilo que o meu desejo é capaz de alcancar.

Intervalo



Intervalo - Per7ume

Acreditas no destino?
Eu acredito.
No fundo, sinto em mim
que parte do meu destino
era encontrar-te.

Recado para mim mesma

Fizeram-me acreditar que amor mesmo, amor para valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não me contaram que o amor não é accionado nem chega com hora marcada.

Fizeram-me acreditar que eu era metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontrasse a outra metade. Não me contaram que já nasci inteira, que ninguém na minha vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que me falta: eu cresço através de eu mesma. Se estiver em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram-me acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas a pensar igual, agir igual que isso era o que funcionava. Não me contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram-me acreditar que o casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram-me acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que tem pouco sexo são caretas, que os que fazem muito sexo não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não me disseram que existe muitas mais cabeças tortas do que pés tortos.

Fizeram-me acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não me contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não me contaram que ninguém me vai contar isto. Cada um tem que descobrir sozinho. Aí, quando estiver muito apaixonada por mim mesma, vou poder ser muito feliz e apaixonar-me por alguém.

Escrito por um Andorinha

Sentido de Humor de série

Coexistam... sorriam... fomos feitos com sentido de humor ''de série'' para enfrentar todo o tipo de situações.

Vida

Não nego à partida uma ciência que desconheço, mas opto por viver como penso, sem pensar como vivo.

Woody Allen perguntou...

"O facto de sentir atracção por mulheres com determinados comportamentos patológicos, significa que eu próprio tenho um comportamento patológico?"



Caçador de Sóis - Ala dos Namorados

O que há de mais real para mim são as ilusões que crio com a
"arte" de voar. Tudo o resto são areias movediças...

Extraído com um saca-rolhas

Todos os passos na vida são uma forma de escapar da segurança e avançar para a incerteza.
A única coisa confiável é aquilo que achamos ser verdade.

I love this music



Pressure - Swollen Members

Too much action

Desde 5ª Feira passada que não penso em mais nada a não ser em mar, vento e praia. Na 5ª e 6ª Feira estive na Fonte da Telha depois do trabalho e gostei de constatar a forma como os dias se prolongam nesta altura do ano. Consegui estar de molho a Kitesurfar (durante 3-4 horas) até muito perto do lusco-fusco das 21.00h.

No Sábado fui até Melides ( costa alentejana) com o intuito de participar no 2º Festival do Ar. Este festival junta todo o tipo de "Malucos das maravilhosas máquinas aéreas": Papagaios, Kitesurfistas, Paramotores, Aviões telecomandados, Ultraleves, Aviões e Parapentes.

O vento apresentava-se fortíssimo e voar de parapente era totalmente impossível, mas eu ainda acalentava a esperança de me enfiar no mar com o Kite. O medo das rajadas fortes e o mar demasiado ondulado e agressivo fizeram-me recuar! Um dos eventos programados, constava dum Downwind de Kitesurf (cerca de 30 km pela costa alentejana abaixo). Deve ter sido uma loucura para quem pode participar. Também quero (muito mesmo) fazer isto um dia destes, mas só "quando tiver unhas para tocar guitarra"... Ehehehe!

Fiz um pequeno “clip” com imagens do meu instrutor de Kitesurf a dar uns saltitos com vento fraquito na Fonte da Telha nas nossas sessões ao fim do dia. No vídeo aparecem também algumas imagens do 2º Festival do Ar de Melides no Sábado.

No Domingo voltei à Fonte da Telha, para receber uma bela lição de humildade. Descobri da pior maneira a respeitar as regras de segurança deste desporto. Quebrei duas regras essenciais e estou a sofrer as consequências físicas da minha imprudência!

Ando extasiado por conseguir surfar ondas no Kitesurf, mas algumas são “areia demais para o meu camião mal afinado”. Apanhei uma onda e não consegui sair dela de forma nenhuma! Aproximei-me da praia a uma velocidade alucinante. Coloquei o Kite bruscamente por cima da cabeça e saí a voar de costas pela areia. Pareceu uma manobra perfeitamente coreografada! Na realidade estava tudo totalmente descontrolado e os danos físicos poderiam ter sido muito sérios. A “cereja em cima do bolo” foi quando consegui perder a prancha na zona de rebentação. Na tentativa desesperada de recuperar a prancha coloquei-me em frente dela. Bastou uma ondinha para arrastá-la na minha direcção e levar com ela (a prancha) nas costelas. Não parti nada, mas o desconforto é lixado! Quando tusso, fico sem ar. É muito bem feito que é para eu deixar de ser "cabeça de alcatrão"...

Á parte destes incidentes (de percurso) desagradáveis e que fazem parte da evolução natural das coisas, tudo é fantástico neste novo mundo do Kitesurf!

"O mar enrola na areia
ninguém sabe o que ele diz
bate na areia e desmaia
porque se sente feliz."

Personality test








Your Personality at 35,000 Says...




Deep down, you prefer spending time alone to spending time with others. You enjoy thinking more than talking.

You are good with your place in the world. You are confident and comfortable with who you are.

Your gift is having a way with words. You know how to express yourself well.

You are inspired by what is possible. Real life is often too ordinary for you.

It's very easy for you to feel happy. You can find peace with any situation.


O mar é meu amigo

Afinal o mar é mesmo meu amigo! Ontem ao final da tarde, saí do trabalho e rumei à Fonte da Telha para a primeira aventura de Kitesurf no mar.

Estava com medo! Aquele tipo de medo agradável que não paralisa, mas que faz querer seguir alegremente em frente... Preparei o material e sentia-me (um tanto ao quanto) nervoso. Já tinham passado várias semanas, em que estivera afastado do Kitesurf. Uma simples palavra de alento do meu instrutor (ex-campeão nacional) foi suficiente para me acalmar e ficar em sintonia com o que teria de executar em seguida.

Havia que entrar num mar repleto de ondas gigantes, preso a um papagaio e com uma tábua nos pés. Um conjunto de varáveis que me poderiam facilmente levar à desgraça. Atirei-me às ondas e submergi diversas vezes, mas nunca perdi a noção de onde se encontrava o meu Kite no ar. Muitos anos no ar levam-me a sentir segurança, sempre que estou em contacto com objectos voadores. Concentrei-me no Kite e consegui passar a rebentação ajudado pela tracção dele. Olhei para terra e já estava a 1 km do sítio de partida e tive de voltar a pé pela praia.

Pelo caminho de regresso, encontrei outros principiantes, que tal como eu, estavam em sérias dificuldades. Um deles perdera a prancha e andava à nora. Outro deixara cair o kite na rebentação e embrulhou-se nas redes dos pescadores. Um terceiro deixara cair o kite e este rasgou-se…

Quando cheguei estafado ao local de partida, decidi baixar o kite e reflectir um pouco. Adoptei uma nova postura que fez toda a diferença. Decidi ir andando a pé pela praia acima à procura dum local com menos ondas para entrar na água. Esperei pacientemente e observei o mar (algo que aprendi no Bodyboard da semana passada) e esperei por uma oportunidade entre os “Sets” de ondas. Quando vi a minha oportunidade, não hesitei e deslizei facilmente pelo mar adentro. Não caí, aguentei-me a deslizar e quando dei por mim já não via a costa. OOpss....Tinha de voltar, mas estava eufórico e deitei-me um bocado na água a saborear o momento de conquista pessoal que jamais se irá repetir da mesma forma. O regresso foi ainda mais emocionante, pois quando cheguei à zona das ondas, consegui surfar as ondas. Foi lindo! Só me apetecia ganir de tanta satisfação :-)

Continuei a curtir, aprender e a ver a evolução dos outros que tal como eu estavam a vencer o medo gradualmente e a começar a deslizar nas ondas. O recreio dos "putos adultos" continuou até à ultima restea de sol no horizonte.


Sea - Morcheeba



Existem momentos perfeitos de união com a natureza e eu vivi mais um desses momentos...

Hoje ao fim do dia a receita irá ser: Mais do mesmo! Durante o fim de semana ninguém me apanha em lugar nenhum sem ser numa praia bastante ventosa! ;-)

Puto Aladin voa baixinho

No ano de 2006 percorri a zona costeira do estado do Ceará (Brasil). Foram cerca de 1500 kms por estrada, entre Jericoacoara e Canoa Quebrada. Voei de Parapente nas dunas de Canoa Quebrada, mas os habitantes locais confundiam constantemente o Parapente com o Kitesurf. Para eles, era exactamente a mesma coisa, pois havia uma lenda local (um puto) que também saltava das falésias com aquilo que eles apelidavam de parapente pequeno. Afinal era um Kite, conforme descobri mais tarde ao ver estas imagens no youtube.



Mankind

Das duas uma: Ou estou a ficar parvo, ou o Mundo está prestes a acabar.


Lamento constatar que existem guerras, terrorismo, morte, fome, seca, inundações, epidemias e desemprego em todos os cantos do mundo. O ar está cada vez mais poluído, o mar morre aos poucos, o clima está em mutação acelerada e o futuro do planeta é incerto. O ódio anda descontrolado e multiplicam-se as polémicas versus o deixa andar. O buraco da camada ozono é preocupante e muitas espécies animais estão em vias de extinção (ou já foram mesmo extintas). As drogas duras circulam livremente e a educação está em colapso. As cidades estão superlotadas e a criminalidade é generalizada. Países inteiros encontram-se à beira da falência, existem as radiações no solo, as chuvas ácidas, as perdas das colheitas, os deslizamentos dos solos, os vulcões activos, os terramotos, os maremotos, os tornados e os acidentes nucleares.
Lamento ser o portador de tamanha revelação, mas descobri que a vida na terra vai acabar por deixar de existir!


Acordei em seguida… Era apenas uma alucinação, decidi ter uma conversa séria comigo mesmo: Ó pázinho? ... Tás parvinho, não?... E que tal um saltinho a um médico especialista?....Hummm?... Ok… Ok… pronto....Devias ver mais TV para saberes que o mundo continua na mesma… pronto… pronto... já passou!

Nem tudo o que parece é

A vida escreve direito por linhas muito incertas...

Vai para dois anos que vivi um episódio estranho, nesta minha vida feita de improvisos constantes.
Esta fase da minha vida, era coincidente com um período bastante conturbado onde apenas queria sentir o prazer… pelo prazer de não pensar e apenas dar asas ao desejo...
Nesta fase de luxúria descomplexada, confesso que tive relações sexuais com diversas mulheres duma forma sincera, descomplexada e sem compromissos.

A certa altura do ano, desloquei-me ao Brasil para tentar realizar um dos grandes sonhos da minha vida, que consistia em participar num dos maiores desafios (pessoais) existentes relacionados com o voo livre. O X-Ceará realiza-se anualmente naquele que será provavelmente, o local do mundo onde se batem todos os recordes da modalidade. É um local belo, agreste, perigoso e implacável. Voar neste local apenas está ao alcance de muito poucos pilotos que aceitam os riscos inerentes. É um desafio físico e mental que requer muita concentração, determinação e domino de muita varáveis relacionadas com o voo em situações extremas. É uma batalha com armas invisívies onde todos os que conseguem participar... saem vencedores!

Após o evento regressei a Fortaleza com a comitiva da prova. Fomos a uma festa proporcionada pela organização do evento, numa das discotecas mais badaladas da cidade.
Logo que entrámos na discoteca, fui abordado por uma mulher (irresistível à vista) que me seduziu e ofereceu uma bebida. Passados alguns minutos (sem perceber muito bem como) já andávamos a exploarar as amigdalas um do outro. Estranhei a sensação de tontura, apenas com a ingestão duma reles caipirinha. Pouco tempo depois estava tão excitado que só me apetecia .... e ... fomos para o hotel. Chegados ao hotel ela perguntou-me o que é que eu queria fazer. Não faço ideia do que respondi, mas comecei a tentar fazer o que a imaginação fértil me ditava. Fui interrompido da seguinte forma: "Se quiseres fazer ... isso tens que pagar X".

"Oopps... Hello Earth..."Eu não pago para ter sexo! O que é que me estava a acontecer? Sentia-me drogado, mas ainda conseguia raciocinar ao ponto de perceber que não queria nada daquilo!

Agradeci-lhe pelos serviços que me queria disponibilizar, mas não estava interessado naquele tipo de troca comercial. Ofereci-lhe gentilmente boleia para o local de onde tínhamos vindo anteriormente. "No way Jose...Too Late..." Foi-me comunicado que teria de pagar na mesma, pois estava no Brasil e ali existia uma "espécie de Faroeste" onde as coisas funcionam desta forma.
Recusei-me a pagar… Foi-me dito que no Brasil a vida vale mesmo muito pouco! Percebi a indirecta e até me lembrei que tínhamos sido seguidos dentro e fora da dita discoteca... O meu instinto de sobrevivência fez-me pagar pelo serviço que não usufruí para evitar complicações, num local onde a criminalidade é realmente um problema de vida e muitas vezes de morte.

Posta de parte a transacção comercial, ficámos a conversar! Segundo a "Garota de Programa", ela apenas fazia aquele tipo de programas para sustentar a filha recém-nascida e pagar as propinas da faculdade de psicologia que frequentava durante o dia. Fazia programas 3 ou 4 vezes por mês e com homens que lhe agardavam. Rapidamente ficámos cúmplices e falámos ininterruptamente durante longas horas (mais ou menos 10 horas)... Ufa...Ainda bem que não tive de pagar à hora!
Relatou-me uma história de vida brutalmente triste, repleta de violações familiares e abandonos impiedosos, etc... A minha curiosidade natural, levou-a a explicar-me como opera o submundo da prostituição naquela cidade! Existe um turismo sexual abundante e variado para todo o tipo de clientes... E existem muitos esquemas de tentativas de sacar dinheiro aos turistas através do sexo. Existem zonas onde os turistas se deslocam e sabem ao que vão. Também existem muitos esquemas onde as pessoas são ludibriadas em locais insuspeitos e lhes é extorquido dinheiro de formas inimagináveis. Faz-se tudo pelo vil metal por aqueles lados do mundo...

O esquema que ela pratica é o seguinte: Vai para as melhores discotecas da cidade, escolhe uma vítima que lhe agrade. Como gosta de sexo, escolhe sempre alguém que lhe possa proporcionar também algum prazer. A maior parte das vezes a escolha recai sobre jovens italianos ou ingleses, pois são presas fáceis de endrominar e já estão tão bêbados que aceitam tudo por uns momentos de prazer. Quando não consegue que eles bebam uns copos (droga as bebidas) com uma substância (pó de anjo), que foi o que ela fez com a minha pessoa! Esta substância causa excitação, euforia descontrolada e desorientação imediata na vítima durante algumas horas. Trata-se duma mistura irregular de farmacos e substâncias dopantes à venda nas farmácias e pode até ser mortal em algumas situações...
Logo que a droga começa a fazer efeito, surge o convite para uma deslocação para outro local para se fazer SEXO... Se a vítima seguir para o local escolhido por ela, muitas das vezes é assaltado pelos sócios e a diversão acaba por alí. Na maior parte das vezes, a garota segue com a vítima para um hotel e um carro segue atrás... Neste carro (vassoura) segue (digamos que) um dos sócios. O sócio apenas fica à espera da sua comissão e garante a segurança da garota. O sócio também é responsável pelas represálias físicas ou extorsão do dinheiro (mortes são frequentes por aquelas bandas) caso não exista o pagamento pelos serviços prestados. O resultado da quantia amealhada é dividido da seguinte forma variável dependente das situações possíveis: cerca de 70% vai para o sócio que se encarrega de subdivisão posterior pela rede. Nesta rede estão incluídos empresários da noite, algumas casas comerciais de renome, etc… A garota de programa apenas guarda 30% da quantia amealhada. As garotas que não entram no esquema não conseguem operar por conta própria. Quem não entra no esquema e é apanhada, rapidamente é apagada definitivamente do mapa da vida...

O que me mais me surpreendeu nesta "Intrigante Mulher" foi a sua determinação. Tinha uma alegria nos olhos, capaz de superar todas as tristezas do seu dia-a-dia pouco convencional. Vendia o corpo em troca de dinheiro, mas tinha muitos sonhos. Vivia uma vida condenável pela sociedade, mas estava determinada a sobreviver e a sair daquele mundo "No Matter What...".
Sou amigo à distância duma "Ex-Garota de Programa" (com muito orgulho) e nunca perdemos totalmente o contacto ao longo destes 2 anos e trocamos e-mails de tempos a tempos!

A razão da minha partilha deste episódio, prende-se com uma mensagem que recebi ontem.

A mensagem dizia: "Sou e estou feliz! Mudei para um mundo novo cheio de desafios gostosos. Estou vivendo a muitos anos luz de Fortaleza. Ainda não completei o cursinho de psicologia, mas consegui arrumar um emprego na área da psicologia infantil. Vivo sozinha com a minha Joaninha e o meu dia é passado em função das crianças e para as crianças ... Sinto que estou a viver a infância que nunca tive..."

Por isso...: “Nem tudo o que parece é... A Vida Não É, ou A Vida Ás Vezes É, Ás Vezes Não É, ou a Vida É apenas aquilo que quisermos fazer dela...”

A Vida É

A Vida Não É, ou A Vida Ás Vezes É, Ás Vezes Não É, ou a Morte É ...
Eu não tenho que acreditar que A Vida É ...

Na terra e no mar, o polvo é sereno.

Os assuntos da mente, falam-se e os assuntos do Coração, escrevem-se... Assim não se complicam uns, e descomplicam-se os outros...

As mulheres desconfiam muito dos homens na generalidade, e pouco na especialidade.

A beleza do espírito, causa admiração; a da alma, estima; e a do corpo, amor.

Olho por olho, dente por dente e o mundo acabará cego e desdentado.

Alimentar-se de ilusões, é pôr o espírito a dieta.

O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte.

As mulheres queriam ter a irmandade masculina e já agora queriam mijar de
pé. Os homens gostavam de ter orgasmos múltiplos, pois dessa forma evitariam andar sempre tão preocupados em ter sexo.


A escravatura não foi abolida! Transformou-se em 8 horas diárias de trabalho!

Tenho uma amiga que adora aquele artista internacionalmente conhecido e que consegue despertar nela sensações que muitos homens nunca conseguiram. É um tal de Bob Dildo :-)

Se não tens jeito para contar uma piada, abstém-te de dizer a verdade.

E quando a senhora da farmácia me trouxe 7 caixas de preservativos e me perguntou quais queria, tive de lhe responder: "uns que me façam parecer competente."

In...certezas

Gostava de ter certezas incompreensivelmente simples. Aquele tipo de certezas loucas que ninguém consegue aceitar ou entender. Certezas que não seriam nunca demasiado certas, mas que transmitem a calma e segurança da ausência de dúvidas. Certezas que não obrigam a tomar decisões complicadas. Certezas que simplificam o complexo processo de seguir em frente. Certezas ... para o bem ou para o mal!


Um a um - Tribalistas




Trophy - Bat For Lashes

Porque... és amável, calorosa, criteriosa, desembaraçada, gentil, inquisidora, sensual, inteligente, criativa, tranquila, multifacetada, livre, aberta, compreensiva, cintilante, mística, prática, deliciosa, bonita, talentosa, articulada, ordeira, instintiva, camaleónica, curiosa, poderosa, determinada, aventureira, prudente, destemida e sábia.

Som adocicado IV

Sinto-me inebriado com as músicas que desvio daqui ... ۰•● Ganhando Asas ●•۰



Sashamon - Butterfly Song

Surf is cool ... Dude!

Apertem o cinto. Segurem-se bem. A viagem vai começar. Afinal, a vida não é mesmo assim? Uma longa viagem para a qual nunca estamos preparados e que vamos, passo a passo aprendendo a conhecer. Vamos então ... mergulhar no mar.

O mar é um velho amigo com o qual sentia a necessidade de fazer as pazes. Este velho parceiro de aventuras e sensações, testemunhou um enorme susto (em 2005) durante um mergulho com garrafa que correu bestialmente mal. Na altura reagi e tive sangue frio para me salvar a mim e a outro mergulhador. Felizmente este incidente não deixou repercussões físicas permanentes, para além de uma semana de surdez parcial e dores de cabeça intensas. A nível psicológico a minha relação com o mar saiu bastante afectada e instalou-se um certo receio claustrofóbico das profundezas…

A aproximação ao mar tem sido gradual e neste último fim de semana senti um desejo enorme de ir para o mar…

Na impossibilidade de montar o meu “papagaio amestrado” (por falta e vento) e aventurar-me a deslizar no mar pela primeira vez (algo que faz parte dos meus sonhos recentes), optei por aceitar o desafio de experimentar novos desportos aquáticos.

Num certo dia do mês passado, decidi aventurar-me a tentar navegar com o meu Kite no mar e fui impedido por um amigo (espécie de anjo da guarda). Fui obrigado a concocordar que ele estava certo ao impedir-me, uma vez que eu não tinha experiência absolutamente nenhuma e não sabia sequer entender a linguagem do mar.

Uns dias mais tarde li uma notícia acerca um Kitesurfista experiente que tinha estado a lutar contra a corrente depois de ter deixado cair o Kite num agueiro e por pouco não morreu. Salvou-se porque tinha um colete e uma faca (algo que eu não uso) e conseguiu cortar os fios do Kite. A curiosidade da notícia deveu-se ao facto de ter acontecido no mesmo dia e local onde eu fui impedido de entrar no mar por este meu amigo (velho lobo do mar). As ondas eram realmente enormes, o vento inconstante e de rajada. Nunca deveria ter estado naquele local, pois não tinha noção do que estava ali a fazer. A minha intuição dizia-me que estava a cometer um grande erro, mas o meu ego e espírito de aventura impeliam-me a avançar. Fui salvo (quem sabe) dum destino trágico por total desrespeito ao poder da natureza!

Por esta razão, comecei a questionar alguns amigos que praticam surf acerca das marés, correntes, ondas, etc… Tudo me tem interessado, pois o meu instinto de sobrevivência não me permite praticar desporto em locais que desconheço sem ter a noção do que estou a fazer. São muitos anos de desportos radicais, praticados com consciência, segurança (a maior parte das vezes) e com conhecimento dos limites (a maior parte do tempo).

Segundo os meus amigos entendidos na matéria, a melhor forma de compreender o mar seria ir ao encontro dele! “Tá dito, tá dito…Promessas são para cumprir…”

Lá fomos fazer Bodyboard e surf na Costa da Caparica.

Antes de entrar na água, lembrei-me do que aprendera no Hawaii onde fui passar férias com a família há 15 anos atrás. Era um dos maiores sonhos deste ex-puto (que cresceu junto á praia) conhecer o Hawaii. Os meus país satisfizeram-me o desejo de ir conhecer todas as ilhas do Hawaii. Lembro-me de sonhar ir morar para lá e viver para sempre feliz numa cabana à beira-mar. Durante essa viagem (aqui o puto destravado da altura) não descansou enquanto não inventou uma tábua de esferovite e se atirou para as ondas gigantescas. Foram muitos arranhões, cortes nos corais, conversas com as velhas lendas do desporto e ficou sempre o desejo de praticar surf. Os anos passaram e a única coisa que me impediu de fazer surf, foi a falta de visão (miopia) que não me permita ver bem ao longe. Como não podia usar lentes de contacto na água, o sonho foi-se adiando… Com as maravilhas da cirurgia laser actuais, resolvi esse problema à alguns anos e tenho uma visão acima do normal em ambos os olhos. Iupyi!

Nada me impediu desta feita, de entrar no mar e sentir-me bastante à vontade dentro de água. Iniciei-me pelo Bodyboard e tive muita facilidade em apanhar as ondas, percebi imediatamente como se formavam e para que lado teria de as apanhar, etc.. Tudo parecia simples e natural! O pessoal ficou surpreendido e eu fiquei com a noção que estava a absorver intuitivamente os princípios básicos do desporto e a aplicá-los com muita naturalidade. Como não existe "bela sem senão"… perdi uma barbatana (estava larga de mais) e escapuliu-se para o fundo do mar... Chuinf... Chuinf... Já não dava para continuar a brincar nas ondinhas…

Uma vez que rastejar (bodyboard) nunca foi o meu forte, pedi-lhes uma Longboard emprestada e atirei-me às ondas. As dicas foram reduzidas, pois eles estavam tão concentrados a curtir as ondas, que não ligavam ao principiante que estava a tentar fazer pela vida… Ahahahah!

Deram-me apenas duas dicas: 1º Remas com força com os braços e procuras o ponto de equilíbrio na prancha. 2º Depois de apanhar a onda tentas pôr-te de joelhos e equilibrar-te na onda. Se conseguires isso já não é mau... e ... logo se vê o que fazes a seguir?

Apanhei a minha primeira onda na primeira tentativa e fiquei logo de joelhos na prancha. Na segunda onda estava de pé na prancha. Azar dos azares, estava na hora de ir embora. Da próxima vez, só espero não ficar com tantos cortes nos tornozelos, pois decidi imbecilmente que a melhor forma de sair da água seria pela zona da rebentação junto às rochas. Fui totó e esfolei os tornozelos. Devia levar com um peixe podre nas ventas até ele fazer glu glu… Fui totó e cortei-me todo nos tornozelos.

Sinto-me extremamente feliz, mas sei que a felicidade é uma estação intermédia entre a carência e o excesso. Para mim voar... sempre foi o expoente máximo da liberdade! Nasci livre, com asas e aprendi a voar! Ando agora descobrir que se calhar também tenho guelras para submergir e até para deslizar no mar…

A minha primeira experiência de surf foi interrompida abruptamente… mas… vou certamente repetir muito em breve :-)


“The only way to discover the limits of the possible is to go beyond them into the impossible”.

Arthur C. Clarke

O meu mapa mundo ...

Descobri que durante a minha existência, já visitei 44 países o que equivale a 21% dos países existentes no mundo.

"So many places to go, too many beauties to see..."


Copyright 2008 | Paulo Reis