Começa dia 23 de Junho em Castelo de Vide, aquela que é a primeira prova do Campeonato Nacional de Voo Livre 2008. A zona norte alentejana tem vindo a revelar nos últimos tempos um elevado potencial para a prática do voo livre.


Esta prova está a ser organizada pela Associação do Voo Livre de Sintra (à qual eu pertenço) e sinto-me motivado para ajudar no que puder para que a organização seja um sucesso. Estarei a competir por uma boa classificação individual e colectiva, juntamente com os meus colegas da AVLS Team (fomos vice-campeões nacionais em 2007). Para além de competir, fui incumbido com a função de fazer alguns "reports" escritos e filmar/editar pequenos videos em voo para serem colocados no website oficial do evento.

Encaro a competição (como sempre tenho feito ao longo dos anos) com boa disposição e não me preocupo (absolutamente "nicles") com os resultados. Os bons resultados são bem vindos, caso contrário existe sempre o salutar convívio animado com os outros maluquinhos das asas voadoras do país inteiro e ilhas adjacentes (que é sempre a “Pu-a da loucura” ;-)

Se alguém estiver interessado, pode acompanhar todas as novidades e classificações da prova no website oficial …

http://www.castelodevide2008.com

Imaginação com asas

"O homem que não tem imaginação não tem asas."


Muhammad Ali

Fui amante duma mulher comprometida. Para esta mulher, ter um amante significava ter uma quantidade de ocupações perigosas. Ter um amante não servia apenas para ela abrir a porta do seu jardim secreto. Ter um amante era ter a doce obsessão de escrever mensagens escondidas, tremer, ficar assustada e acima de tudo ter o orgulho de possuir um segredo.


Para esta mulher, ter um amante era alimentar a ideia de estar num local cheio de gente, e vê-lo apenas a ele e só eles os dois entenderem o encanto deste mistério. Esta mulher amava o perigo que esta situação apimentada conferia à sua existência, mas tudo não passava dum jogo de desejo e sedução demasiado complicado e avidamente alimentado por ambos.


Desde cedo cedo me apercebi que sou um viciado em adrenalina, desafios e situações limite. Sou um daqueles seres que apesar de não saberem quase nada sobre muita coisa (sabem ainda menos sobre as outras coisas todas) e sentem a necessidade de experimentar muitas dessas estranhas coisas. As páginas complicadas que vou virando, são as lições que vou aprendendo. Tenho memórias "agri-doces" destes estranhos caminhos que tenho percorrido, pois sei que o meu maior inimigo tenho sido eu. Vivendo e aprendendo...

Harmonia de contrários

O universo é uma harmonia de contrários!

Eu sei que sou

Eu sou um voador e voar é a minha arte.


Por esta arte, sacrifiquei muitas coisas incompreensiveis para muitos. Já vivi o sonho de ensinar a minha arte; À custa dela já vi o túnel entre a vida e a morte; Já percorri uma pequena parte o mundo a voar por ela; Já senti a tristeza de perder amigos à custa dela; Já senti uma vida a escapar-me por entre as mãos levada por ela; já tive a maior das recompensas e o maior dos sofrimentos com ela, etc...

Como todas as formas de arte, também esta é dificil de explicar por palavras.

Apenas sei que começou com o sonho de criança, revelou-se por um mero acaso durante uma viagem e sempre me tem acompanhado ao longo da vida.

Uma das minhas certezas, é que uma das coisas que vim fazer nesta vida, já estava predeterminado, desde quando eu era puto: voar.

Sempre fui um voador, antes mesmo de saber voar. Percebo claramente que não importa o que eu fizer na vida, se for bem feito, pode ser encarado como uma forma de arte.

Finalmente sei: Não preciso tornar-me no que sempre fui. Eu sou e sempre serei um voador!

Flying is an ability

Na passada Sexta-feira 13 de Junho, fui brindado com a "sorte" de fazer o mais longo voo de Parapente (até à data) deste ano aqui na "Tugalândia".




A descolagem foi feita a partir de Castelo de Vide e após 112 kms e 5 longas horas de voo (sem motor) acabei por ir aterrar a Mérida (Espanha), já muito perto do pôr-do-sol.



O resumo do voo e dados referentes ao mesmo, podem ser encontrados na Liga XC Portugal neste LINK


Did you ever have a dream or two
where the hero was a guy named...you
and the thing he just did was just too much
that he even can´t understand how he did it...

He is certain that: flying is not just a feeling, it´s an ability.

He is also certain that: From a sublime flight to ridiculousness there is only one small step.

Yours...



Jason Mraz - I'm Yours

Jardins Secretos

Gostaria de conhecer um "certo alguém desconhecido" e dar uma espreitadela no seu "jardim secreto" que me parece infinitamente interessante!

A questão é?

Será que devo tentar..., e/ou estarei (uma vez mais) a alimentar-me da adrenalina da hipotética conquista, criando ilusões (não correspondidas) sem sentido?

Desta vez vou esperar pacientemente e se tiver de ser...será. Sem forçar nada, nem criar expectativas irreais!



Bruce Springsteen - Secret Garden

Voar Zen

Pode parecer demagogia, hipocrisia, ou qualquer “..sia” que se queira pensar que seja, mas falar e pensar sobre transcender, sobre morrer e renascer é o caminho para o Zen.
E… ser Zen é ser completo, é ser perfeito!
Todo o sujeito que é melhor, que faz mais, que pode mais, que se enriquece mais, que aprende mais caminha para ser Zen.
Ser Zen é estar presente e consciente de si mesmo, e de tudo que nos cerca a todos nós.
Ser Zen é estar preparado para as eventualidades, e para as novas variantes dessas mesmas eventualidades inesperadas.
Ser Zen é conseguir resolver as situações complicadas com antecipação, por estar ciente das suas causas e consequências.
Ser Zen é olhar o céu e o mar azul na sua total magnitude e encantar-se com ele.
Ser Zen é voar com precisão, não por analisar e escolher, mas simplesmente por saber.
Pessoas que fogem ao debate sobre o imutável afastam-se da plenitude. Por não aceitarem a sua condição, carregam pesos que as arrastam para o chão.
Os melhores voam mais por não carregarem nada consigo, por deixarem tudo na terra, por estarem livres das amarras corporais, dos sentimentos que enrijecem as decisões. Tudo isso fica para trás, fica por baixo, fica no chão.
Voar perfeitamente é voar Zen, é pensar como um pássaro, que voa por voar, e simplesmente por isso... voa-se Zen.

Should I

How come no one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth
The ones who made a difference
By withstanding the indifference
I guess it's up to me now

Should I take that risk or just smile?



(Autor desconhecido)

Voo Livre

Preciso ser livre.
Preciso voar.
Sentir os meus passos.
Seguir os meus caminhos.
Carregar os meus erros.
Aguentar os meus fracassos.

Já basta ser escravo das palavras,
ser preso às paixões.
Tenho que me libertar dos antigos valores,

suprir a necessidade do azul.
Preciso...
Necessito para poder sobreviver.
Tenho o dever de me conhecer.
Tenho o dever de viver a minha vida,
o dever de conhecer todas as estradas,
lutar por aquilo que eu quero.
Preciso ser livre.

A Profundidade do Ser

E de vez em quando descer à gravidade de mim, à profundidade do meu ser. E verificar então que tudo se transfigura. Que é que significa este garatujar quase gratuito, este riso superficial, todo este modo de ser menor? A melancolia profunda, tão de dentro que ela se iguala à alegria sem medida. Espaço rarefeito de nós, é o lugar da grandeza do homem, do que é nele fundamental, o lugar do aparecimento de Deus. Mas Deus não me aparece - aparece apenas a inundação que me vem da infinita beatitude, da grandeza e do assombro. Nós vivemos habitualmente à superfície de nós, ligados ao que é da vida imediata, enredados nas mil futilidades com que se nos enchem os dias. Mas de vez em quando, o abismo da natureza, um livro ou uma música que dos abismos vem, abre-nos aos pés um precipício hiante e tudo se dilui num sentir que está antes e abaixo e mais longe que esse tudo. Há uma harmonia que em nós espera por um som, um acorde, uma palavra, para imediatamente se organizar e envolver-nos. E aí somos verdade para a infinidade dos séculos.

Vergílio Ferreira

Alerta à navegação


As minhas marés de azar quando acontecem, precipitam-se num emaranhado de incidentes, senão vejam só a minha triste história dos últimos tempos.

No passado Sábado acordei de madrugada para ir fazer surf pela segunda vez na vida. Andava eu todo estoirado do "coiro", após 4 dias seguidos de trabalho intenso e em que consegui arranjar sempre um "tempinho higiénico"para fazer Kitesurf na praia até ao pôr-do-sol, terminando os meus atarefados dias em leveza absoluta. Durante estes últimos dias andei a dormir muito pouco, mas estava feliz da vida...

Decidi então aceitar a proposta de empréstimo duma Longboard e ir tentar aprender a surfar no Sábado de manhã, com uma turma de maluquinhos das ondas. O dia começou bastante cedo. Logo após vestir o fato de mergulho, pisei com o calcanhar uma fresquinha caca de cão. A caca ainda estava quentinha, molinha e poderia ser um sinal de sorte ou… talvez...

Mal entrei na água, não "curti" nada a cena de estarem 50-60 "maramanjões" a rodearem-me por todos os lados. Notei que muitos deles estavam de trombas, talvez por perceberem que eu era um principiante e que estava ali preparado para os atrapalhar. Com tantas praias por essa costa "Tugalesa" e vão todos parar à mesma ...

Tive brutais dificuldades em apanhar alguma coisa que se parecesse com uma onda. Quando me empenhei seriamente em apanhar uma, fui interceptado por um "animal surfante" aos gritos e a "ganir" para eu "bazar" da onda. Tanto eu como o "jovem assanhado", perdemos a onda e ele ainda ficou a dizer cara#$das e me#$as sem sentido.

Andavam todos frustrados e pelo que me transmitiram, aquilo estava mesmo muito bera. As ondas eram de meio metro e muito desordenadas. Pedi umas dicas e disseram que não me preocupasse em entender as coisas, pois o que interessava era mesmo apanhar qualquer coisa e "go with the flow" para começar. Fiquei lixado com esta cena demasiado "zen", pois não me sentia satisfeito com a ideia de estar para ali a levar com ondas no “trombil” e a ficar enrolado na rebentação constantemente, sem ter um objectivo concreto.

Decidi passar a zona da rebentação e ir para a praia apreciar o que os outros faziam. Comecei por apanhar ondinhas com os putos pequenos (10-15 anos) que andavam a por ali. Desta forma fui conseguindo pôr-me em cima da prancha e perceber o equilíbrio precário da “coisa”!

Após esta fase instrutiva e engraçada, resolvi voltar lá para a zona do maralhal e tentar a minha sorte ou ... azar, neste caso. Apanhei umas quantas ondas “fatelosas” (pois era o que havia), mas a prancha embicava sempre com nariz para baixo e enrolava-me todo quando a onda rebentava. Nessa altura ia de rojo pelo fundo do mar constantemente. Até que numa das vezes, eu vi uma luz ténue e vi estrelinhas cintilantes. Não... não era a luz da sabedoria, mas sim a luz turva e as estrelas que se consegue ver antes de... "fechar a loja" (desfalecer). :-)

Quando levei a mão ao nariz senti um rio de sangue, dores tremendas e tonturas. Nadei como pude até à praia e estive (para cima duma eternidade) a cuspir (sangue) e a tentar estancar o sangue que jorrava incessantemente do nariz. Acabou-se a minha segunda sessão azarada e ligeiramente traumática de Surf, mas ainda vou continuar insistir na dose… um destes dias.

Depois do surf e como o nariz ainda estava “a modos que anestesiado", fui fazer uma kitesurfada para descomprimir do incidente. Surfar ondas com um Kite é infinitamente mais apetitoso e controlável...

Foi um dia em cheio que terminou em beleza... no hospital. Eheheheh!

Depois da Kitesurfada, parecia que o nariz tinha inchado horrores e estava a ficar negro. Decidi ir ao hospital ver se não precisava de levar pontos ou se estava partido, etc… Já que estava no hospital aproveitei para me queixar da costela que me andava a incomodar à cerca de um mês.

O Nariz estava "fixe", mas a costela tem estado fracturada há já algum tempo. A radiografia mostrou que a costela já vai em estado avançado de consolidação e tudo vai ficar operacional rapidamente.

Após este prognóstico pouco animador, decidi ficar a descansar as "ossadas" no Domingo, pois o cansaço era muito e o corpinho andava mesmo mal tratado. Devo ter hibernado durante quase todo o dia…

O nariz já está a ficar porreiro e a costela já incomoda pouco. Posto isto, só me resta insistir na receita que contribuiu para a cura e ir fazer mais Kitesurf ao fim do dia. Ando a tornar-me um "Beach Bum" ao final das tardes ... Iupy…

Só me apetece ganir ... e já não é de dores... Ihihihihihih!

Vou contar um segredo: Praticamente todos fins de tarde desta semana fui ao encontro da minha nova paixão até ao "lusco-fusco".

E... dentro de poucas horas vou voltar a seguir o "chamamento do vento" e procurar descobrir o que se esconde por trás do horizonte, com o mar como pano de fundo. Como observador de horizontes, vou uma vez mais procurar contemplar tudo aquilo que se estende para além dos limites do mar e do céu.
"Read, every day, something no one else is reading. Think, every day, something no one else is thinking. Do, every day, something no one else would be silly enough to do. It is bad for the mind to be always part of unanimity".

Christopher Morley

Nem tudo o que parece ...

Prontes, portantes, é istos...

Parece que estes marmanjos são parecidos comigo!

Também parece que se eu fosse um super herói, seria…


"Whariúthinqs"? Aceitam-se todo o tipo de comentários?

Um comentário (mesmo que inoportuno) é como ir ao McDonald's. Sabemos que faz mal, mas não conseguimos evitá-lo! Ihiihihihhiih

Receita


Como fazer para esquecer alguém de quem se gosta?

Tentei e cheguei à conclusão que é impossível fazê-lo premeditadamente. Cada história tem o seu desfecho mas não se esquece alguém por vontade própria, de um momento para o outro. Aprende-se apenas a viver pacificamente com essa nova realidade.

Certos dias passam muito facilmente e outros bastante arrastados. Em determinadas alturas tudo parece vivo na memória. Em muitas outras alturas a memória fica demasiado ocupada com outro tipo de recordações. Em certos dias encontro a tristeza das ilusões estupidamente criadas. Noutros dias encontro a alegria das recordações distantes. Apenas VIVO os sonhos de hoje, que se vão deixando de alimentar da história do passado.

Passaram meses... muitos dias e muitos mais irão passar. Tudo que tinha para dizer, tudo o que tinha para perguntar, tudo o que sonhava ouvir, tem se vindo a desvanecer no tempo. Nada desapareceu completamente, mas pelo menos as fantasias deixaram de voar livre e erradamente pelos meus pensamentos.


"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar a tentar fazer um novo FIM."

Verdades quase perfeitas


Sobre a Ambição: O difícil não é subir, mas, ao subir, continuarmos a ser quem somos.

Sobre os Sentimentos: Só se pode dar, quem arriscar sentir.

Sobre o Voo: Só pode voar, quem arriscar cair.

Sobre o Perigo: O melhor fogo não é o que se acende mais rapidamente.

Sobre o Dinheiro: O preço que temos de pagar pelo dinheiro, paga-se em liberdade.

Sobre o Amor: A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher, sem ter a intenção de amá-la.

Eu quero acreditar que...

O grande homem não é aquele que conquista muitas mulheres, mas sim o que (re)conquista todos os dias a mesma.

Na vida como no desporto, quando se perde um jogo perde-se pouco, quando se perde a honra perde-se muito, mas quando se perde a coragem perde-se tudo.

Ler o final dum livro pode fazer perder a leitura duma grande história, então porque se faz o mesmo com as relações entre as pessoas. Devemos deixar a história desenrolar-se a um ritmo pausado. Quando se quer acelerar as relações perde-se os pequenos detalhes que merecem ser lembrados.

O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior.

Por vezes a maior viagem reside na distância entre duas pessoas.

Um pequeno passo da alma e um gigantesco salto para o ego.

Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.

Verdade inconveniente...

Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. Não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!

Escrito por João Pereira Coutinho (Jornalista)

Monotonia

A monotonia dos momentos idênticos é um dos desafios complicados que enfrento diariamente. Procuro controlar e treinar os meus impulsos na tentativa de ser calmo perante as dificuldades, perigos, alegrias e triunfos. Com este treino tento atingir a mesma leveza e calma com que consigo voar, tentando sempre buscar força na resistência adquirida ao longo da vida.
Na luta contra a monotonia dos momentos idênticos, procuro a coragem para afrontar os dias em que nada se passa e desta forma consigo esperar (sem receio) os tempos em que... o mundo rola e avança.

Aventuras inconscientes

Era uma vez três anémonas idiotas que tiveram uma brilhante ideia de “reinventar a pólvora molhada”.
Estavam estas 3 anémonas na praia da Fonte da Telha a dar bombadas para encher o papagaio, quando aparece o “Seamen” vindo da Lagoa de Albufeira. Este “Seamen” é um animal aquático, praticante de Kitesurf que passa os seus dias na Lagoa de Albufeira, como espécie em mutação constante esta alminha alimenta-se de água salgada, ondas e vento.
Após a descrição da aventura do Seaman, decidimos ir ver como é que a coisa “bombava” e arquitectámos um plano para ir invadir a zona territorial do Seaman... Na nossa cuidada preparação (cerca de 2-3 minutos inteiros de brainstorming) para a jornada que teríamos de enfrentar, apenas nos preocupámos em deixar uma chave do carro no bar da praia que fechava às 20.00h e ligar a alguém para nos ir buscar à Lagoa de Albufeira (+-8 kms de distância).
Papagaios no ar, tábuas de passar a ferro nos “calcantes” e bute lá deslizar nas ondas, engolir pirolitos com fartura, perder pranchas em alto mar, deixar cair o Kite em alto mar, manobras de salvamento e recuperação de material mal tratado, etc…
Um aventura apenas acessível a 3 anémonas sem cérebro que não percebem nada daquilo que andam a fazer! No final lá chegámos ao destino sem arranhões e com um sorriso do tamanho duma sardinha mal passada. O “coiro” ficou todo chocalhado, as ondas foram parcialmente dominadas e o medo inicial foi substituído pelo enorme prazer da aventura. A emoção continuou em seguida com a viagem de volta, onde tivemos de regressar de carro com os fatos de mergulho vestidos, encharcados até ao tutano e com o risco de chegar à praia e ter de dormir lá, pois a hora de fecho do bar já tinha passado à muito tempo.
Felizmente ainda estava lá alguém no bar para nos restituir a chave do carro e tudo correu na perfeição…

Uma experiência a repetir brevemente numa praia qualquer da costa Tugalesa :-)

Yaba-daba-dooooooooooo... Iupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii


Copyright 2008 | Paulo Reis