Quem lê o que escrevo, já deve ter percebido que nunca tive medo do ridículo. Tenho muito medo de ser ridículo. Mas, uma vez ridículo, não tenho medo nenhum de escrever sobre isso!

Viver sem voar é como escrever sem pontuação e por isso eu vou voar!

Este calhau com dois olhos que escreve alarvidades neste local, onde o insólito e o pitoresco pululam vai partir.

Há coisas agradáveis, e outras que me dão muito prazer ou alegria na vida. Mas há uma coisa que me faz sentir vivo (e não será exactamente aquilo que poderão estar a pensar neste exacto momento).

Este traficante de cromos assumido, vai partir para alimentar a sua anormal história de vida, quase sempre recheda de improvisos constantes. Entenda-se por historia de vida, um enorme amontoado de coisas que se sucedem, umas atrás das outras …

Good bye Maria Ivone… Que eu Good Fico … e não me chamo Good…ofredo .

A gerência lamenta o incomodo e promete ser breve!

Entretanto, não se esqueçam de ser muito felizes… “no matter what” :-)

Hasta la vista...

Escrevi um livro

Já plantei uma árvore, e agora até já escrevi um livro! Só me falta mesmo ...

Sou apaixonado pelo Voo Livre em Parapente e pratico este maravilhoso desporto há cerca de 15 anos, tendo estado envolvido em praticamente todas as vertentes deste desporto. Orgulho-me de ter prestado o meu contributo para o desenvolvimento desta modalidade. Tudo o que fiz, foi por prazer e amor ao desporto. Dentre diversas funções que exerci ao longo dos anos: Organizei o calendário nacional de competições e prestei todo o apoio federativo (possível) aos organizadores de diversas competições durante vários anos; exerci funções de Juiz de Competição em diversas provas do campeonato nacional; Ajudei a organizar o primeiro curso de Juízes de Competição e Observadores F.A.I. da Federação Portuguesa de Voo Livre; Fui um dos representantes da Federação Portuguesa de Voo Livre numa reunião da Comissão Internacional de Voo Livre da Federação Aeronáutica Internacional em Lausane; Enquanto membro do Concelho de Arbitragens e Competição da Federação Portuguesa de Voo Livre, redigi e adaptei ( juntamente com os meus colegas) todos os Regulamentos de Competição actuais; Realizei o meu sonho de ensinar e transmitir os meus conhecimentos sobre o Voo Livre ao tornar-me Instrutor Nacional de Parapente, tendo ministrado instrução a várias dezenas de pilotos de Parapente; Ajudei a criar e a dinamizar a Associação do Voo Livre de Sinta a que pertenço actualmente e que tem levado a cabo diversos projectos interessantes e originais no voo livre a nível nacional; Para além disso, sou piloto de competição há cerca de 10 anos; sou um apaixonado e praticante de voos de distância livre; tenho viajado e representado Portugal em diversas competições internacionais; tenho percorrido muitos países do mundo, sempre em busca de voar mais e melhor...

Este desporto proporcionou-me a realização de muitos dos meus sonhos, mas também me trouxe algumas tristezas ao longo dos anos. Nos primórdios da modalidade, os aspectos de segurança eram relegados para segundo plano. Apenas a vontade de voar livremente nos impelia de saltar (literalmente) das montanhas, com equipamentos inadequados, rudimentares e perigosos. Alguns amigos perderam a vida nessa altura. Outros tal como eu, sobreviveram a acidentes graves. As imagens chocantes de acidentes e mortes por amor à liberdade de voar livremente como os pássaros ficam gravados na memória.

O Parapente evoluiu enormemente a nível de segurança, conhecimentos técnicos e utilização de equipamentos fiáveis testados. O voo livre deixou de ser um desporto praticado por autodidactas alucinados e é actualmente praticado pilotos conscientes e treinados, que passam por uma formação exigente de forma a poderem desfrutar do voo em total segurança. Em Portugal foram dados passos importantes, no sentido de tornar o Voo Livre um desporto cada vez mais seguro. Existem boas escolas, bons instrutores e bons praticantes. Devo muito daquilo em que me tornei a este desporto, que me ajudou a desenvolver capacidades que nunca julguei possíveis. O Parapente ajudou-me a encarar a vida de forma muito mais interessante. Tudo o que perdi com este desporto, foi-me restituído posteriormente como uma espécie de segunda oportunidade de viver a vida...

Falatava-me realizar um sonho que teimava em escapar-me. Esse sonho tem a ver com uma promessa antiga, feita numa altura em que tive a infelicidade de presenciar a partida de alguém que morreu à minha frente. Apesar da tentativa de salvamento, isso não esteve nunca ao meu alcançe... Era um jovem (como eu) que alimentava muitas ilusões, era ousado mas faltava-lhe a experiência e o conhecimento dos riscos. Voou definitivamente em direcção ao ... seu destino!

Desde essa altura, encarei como um das minhas missões (objectivos), fazer algo que pudesse ajudar a melhorar a segurança dos novos pilotos... A ideia de deixar algo escrito e palpável para as gerações futuras sempre me aliciou. Seria a minha tentativa ou contributo para melhorar o meu "pequeno mundinho". Trabalhei durante vários anos num manual técnico de voo livre. Encontrei demasiados entraves e muito poucas ajudas. Muitos foram os que se quiseram associar ao projecto, mas das intenções aos actos, poucos foram os que realmente fizeram alguma coisa. Muitas vezes me senti encurralado, solitário e sem qualquer tipo de apoio. A certa altura tinha a informação compilada, apenas me faltava encontrar o formato final e arranjar quem pudesse ilustrar o manual com imagens originais.

Numa simples conversa informal, tudo se compôs! O manual ficou terminado no final do ano passado, foi publicado online com imagens originais e contou com o apoio da Federação Portuguesa de Voo Livre. A direcção da Federação de Voo Livre concordou que este seria o primeiro passo para a existência do primeiro manual oficial de Voo Livre Nacional. Os dirigentes do Clube a que pertenço, negociaram a venda do manual à Federação Portuguesa de Voo Livre. Todo o dinheiro referente à venda reverteu a favor do Clube que se comprometeu em utilizá-lo em actividades relacionadas com a modalidade. Poderia ter recebido parte desse dinheiro, mas o simples facto de ter conseguido realizar o meu sonho e cumprido a minha promessa, trouxe-me tudo aquilo que eu pretendia. O dinheiro não serviria nunca para pagar algo que eu considero como uma missão pessoal e um dever cumprido!

Ao longo dos anos que levei a compilar este manual mudou tanta coisa, mudei eu, mudaram as pessoas, mudou a vida, mudaram as ambições, mudaram os projectos ... mudou tudo... O que não mudou, foi a minha insistência em terminar o manual, nem a vontade de conseguir encerrar mais um ciclo importante na minha vida.

Aqui está o Manual de Voo Livre Nacional Online, ainda em versão experimental...

Este manual é dedicado a 3 pessoas que já não existem fisicamente e que partiram nas asas dos seus sonhos. O Daniel, o José Carlos Figueiredo e Silva e o António Sequeira continuarão a voar para todo o sempre e estão marcadamente presentes na minha memória! .-)

http://www2.fpvl.pt/manuais/parapente/mpp_capa.html

Imaginação
A imaginação mais louca tem menos recursos que o destino.

Activismo
Os homens decaem ou engrandecem-se pelos seus próprios actos.

Acção
A acção perfeita é o fruto da meditação perfeita. Sábio é quem vê a inacção na acção e a acção na inacção, e em harmonia permanece enquanto executa toda a acção.

Vida
A vida é aquilo que nos empurra quando nos havíamos proposto algo muito diferente.

Escrita
Se não conseguires fazer com que as palavras trepem, não as masturbes.

Loucura
Se o doido persistisse na sua loucura tornar-se-ia sensato.

Excesso
A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria.

Felicidade
Para se ser feliz até um certo ponto é preciso ter-se sofrido até esse mesmo ponto.

Perversidade
A perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano.

Poesia
A poesia é a criação rítmica da beleza em palavras.

Sedução
No jogo da sedução, apenas existe uma regra... Nunca te deixes apaixonar!

Relatividade
Segurar por um segundo uma panela a ferver parece uma eternidade, segurar uma mulher quente por uma hora parece um segundo.

Ensino
Não há mestre que não possa ser aluno.

Ver e Chorar
O Ouvido ouve, o Gosto gosta, o Olfacto cheira, o Tacto apalpa, só os olhos têm dois ofícios: Ver e Chorar.

Regras
Nada de regras para as grandes almas; Elas são apenas para as pessoas que só têm o talento que se adquire.

Alma
A medida de uma alma é a dimensão do seu desejo.

Poema ao acaso

Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido;
na verdade, bem poucas pessoas me levariam a sério.

Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria em mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvetes e menos lentilhas,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feito a vida:
só de momentos - não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma
sem um termometro, uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um páraquedas;
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou a morrer.

Autor desconhecido

Dez mandamentos




E o décimo primeiro mandamento: "Não sejas um fardo para ninguém".

Estranha comunicação...

Atrevo-me a comunicar através deste blog, com pessoas que nunca lêem o dito blog.

Sentidos

Nós temos cinco sentidos: são dois pares e meio de asas.

Como quereis o equilíbrio?

David Mourão Ferreira

"Once again, I´m learning to… live on edge of the wind, looking for that ounce of excitement, that whisper of a thrill that there is no sense living your life without."

É absolutamente fantástico quando consigo realizar aquilo que imaginei no dia anterior. Sonhei (acordado) que ia fazer uma viagem aquática (curta) e intensa. Temia que me faltassem os recursos físicos, a sabedoria técnica e a capacidade treinada para me movimentar no meio aquático. O mar incute respeito e reserva demasiadas variáveis que ainda não me foram reveladas.

O meu avô (com 85 anos) é um marinheiro experiente que correu o mundo (2 vezes) a bordo no Navio Escola Sagres. Desde criança, que cresci a ouvir histórias das suas aventuras fabulosas e sentia uma atracção enorme pelo mar... No sábado fui até à praia, com a alegria de quem tem um objectivo real em mente. O momento de preparação do material, serviu para observar as condições e visualizar aquilo que queria fazer. Após ter tudo preparado, apenas me restou esperar pelo meu companheiro de aventura! Este meu companheiro de aventura, é alguém (que conhece poucos limites) e consegue realizar quase tudo a que se propõe independentemente dos obstáculos. É do género de individuo que põe facilmente em prática tudo aquilo que idealiza. Quando pondero os riscos e coisas que podem correr mal, ele não exita em ser o primeiro a avançar. No Kitesurf temos (ambos) quebrado barreiras psicológicas e físicas a cada sessão em que nos propomos alargar os nossos horizontes. Motivamo-nos mutuamente e desafiamo-nos (ás vezes para além da lógica racional) a fazer coisas para a qual ainda não estamos habilitados. Neste processo de aprendizagem acelerado, temos conseguido lidar com inúmeras situações (mais ou menos) adversas e até por vezes perigosas.

No sábado passado, após o equipamento estar preparado, entretive-me a apreciar os kitesurfistas que estavam na água e que permaneciam constantemente na mesma zona. Aquilo parecia-me um engarrafamento de papagaios em hora de ponta, o que me causou uma certa claustrofobia. O mar é tão imenso e aquelas “alminhas”, talvez por uma necessidade de segurança não sentiam a necessidade de explorar outras áreas, limitando-se a compartilhar o mesmo espaço com os demais.

Com a chegada do meu companheiro de aventura, decidimos (após um "brainstorming" demorado de cerca de 1 minuto) que iríamos tentar velejar pela costa acima contra o vento. Fomos para a água com grande determinação, mesmo que fosse bastante difícil (ainda assim não era impossível) para alguém que nunca tinha bolinado (subido ao vento) consistentemente. Insistimos até onde a força física e mental nos permitiu, tendo percorrido uma grande parte da zona da Costa da Caparica e regressado ao ponto de partida após 3 extenuantes horas de navegação no mar. O meu companheiro regressou um pouco antes e apenas cobriu 2/3 do trajecto. A nossa alegria era brutal e o sentimento de conquista enorme, pois ambos tínhamos conseguido bolinar consistentemente ao vento. Tivemos a perfeita noção que a partir deste momento, podemos velejar para onde desejarmos. O mar passou a ser um recreio onde podemos brincar alegremente e em (maior) segurança, pois aprendemos a bolinar!

O cansaço era grande, mas o dia ainda teria mais algumas surpresas reservadas para ambos! O meu companheiro de aventuras, lembrou-se que o nosso ex-instrutor estaria a dar aulas no extremo oposto da Costa da Caparica. Teve a brilhante ideia de descermos ao vento e ir ter com ele. O trajecto de ida seria fácil, pois era sempre a favor do vento, mas o regresso seria muito mais difícil e incerto!
Encetámos um plano alternativo que passava por deixar um carro (com uma muda de roupa seca) numa praia mais abaixo, para a eventualidade de não conseguirmos regressar à Praia da Nova Vaga.

Lá seguimos a navegar (de novo) costa abaixo. Como estava estoirado, lembrei-me que alguém me tinha revelado anteriormente que existia uma forma de descansar os músculos das pernas. Esse método consiste em velejar em modo “ fakie”, com a prancha ao contrário e quase de costas para o Kite.
Como o trajecto ainda era grande (uns quantos quilómetros a favor do vento), achei que seria uma boa altura para aprender e treinar a técnica. Lá fui eu aos tombos constantes pela costa abaixo, até que consegui encontrar o equilibro certo. De um momento para o outro, comecei a velejar “fakie” para ambos os lados e aquilo acabou por se encaixar de forma natural no meu processo de aprendizagem. Fiquei completamente extasiado de alegria (uma vez mais), pois aprendi algo muito importante e que muito poucos Kitesurfistas conseguem dominar com facilidade.

Quando cheguei ao destino sentia-me emocionado, para além de tremer de frio e sentir pouca força nas pernas. Parámos por meia hora para falar com os nossos colegas (aprendizes) da escola Kitesurfway. O meu companheiro de aventura, nem pestanejou e obrigou-me a tentar regressar. Eu sentia-me totalmente arrasado e sem força para continuar a velejar (pelo menos mais 1 hora) após cerca de 5-6 horas de esforço físico intenso e sem comer nicles. Ainda me meti dentro de água, mas o frio e as pernas fragilizadas fizeram-me vacilar e perder a prancha. Tive de andar à procura dela no mar alto bastante agitado. O meu companheiro de aventura seguiu viagem e chegou ao destino.

Após este dia intenso, ele afirmou categoricamente que estava enjoado do Kitesurf e não queria ver o mar durante o próximo mês! Mas, … lá foi acrescentando que afinal as previsões para o dia seguinte seriam muito boas…

Nessa noite recebi um telefonema dum colega de trabalho, a contar-me que tinha finalmente visto alguém a praticar Kitesurf pela primeira vez. Estava numa praia na Costa da Caparica e conseguia ver umas coisas estranhas (a movimentarem-se na água) ao longe, mas a certa altura começou a ver um papagaio azul (padrão xadrez claro/escuro) a vir pela costa acima. Ficou intrigado com a forma como o “tipo” deslizava fluidamente pela água.

Tive de lhe revelar que conhecia e conviva com o alienígena que tinha feito essa proeza, pois afinal ele era: ”moi même”.

No Domingo sofri as consequências e as dores musculares não me permitiram sair de casa. Hibernei durante horas intermináveis (tal era o cansaço) e vi muitos filmes pirateados (em sessões continuas), pois não conseguia sequer movimentar-me com dores em músculos que eu não julgava sequer existirem.

Sei que tenho um amor incondicional pelo voo livre em Parapente, mas estou a apaixonar-me irremediavelmente pelo Kitesurf!

"Once again, I´m learning to… live on edge of the wind, looking for that ounce of excitement, that whisper of a thrill that there is no sense living your life without."

Concurso: Onde está o Wallie?

Não preciso de uma segunda opinião no que concerne a minha insanidade temporária em relação ao Kitesurf. Já tive uma terceira! :-)

Vale um prémio surpresa, para quem acertar onde está o Wallie (eu mesmo) nesta fotografia tirada durante a 3ª Etapa do Campeonato Nacional de Kitesurf?



Demónios, quem os não tem?

Já desisiti de adivinhar os vossos sinais, não interpreto as vossas intenções, não pressinto a vossa presença, nem falo convosco através da alma. Agora, meus caros, quando quiserem conversar conversamos cara a cara!

As mulheres belas

É certo e sabido que Proust disse que devemos deixar as mulheres belas para os homens sem imaginação. Mas, também é verdade que Proust ... era uma "bichona maluca" :-)

Hoje apetecia-me remodelar o céu

I always loved clouds. When I was a small kid I used to lie on the grass and stare at the sky watching the clouds moving, taking shapes, forming and dissolving. Nowadays that I free fly with my paraglider, I love getting close to them, flying underneath them and exploiting them to find climb. The sky is what I constantly dream of... a beautiful cloud street in the sky and wide open spaces. Cross-Country magic…


3ª Etapa do Campeonato Nacional de Kitesurf 2008 (Categoria Race)


3ª Etapa do Campeonato Nacional de Kitesurf 2008 (Categoria Freestyle)

A verdade da mentira

O que mais custa numa situação de mentira é ... quando ninguém disse nenhuma mentira.

Paper Planes



M.I.A. - Paper Planes

"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce..."

E tudo o capitalismo levou...

E tudo o capitalismo levou...

Entretenimento

Não há nada como entretenimento intelectual de qualidade.

Ainda assim, o dificil o não é impossível...

Esta noite sonhei com ela. Ela aparecia no sonho como uma pessoa horrível. Parte de mim quer que eu a deteste, mas eu não admito poucas vergonhas dessas. Ela nunca foi, nem será de longe horrível nem detestada; A única figurinha detestável nessa aberrante história, sempre serei eu e a minha profunda estupidez natural...

No fim de semana vai ter lugar a 2ª Etapa do Campeonato Nacional de Kitesurf na praia da Nova Vaga (Kite Beach Tugalesa) na Costa da Caparica.


Como sou uma grande alforreca (em vias de desenvolvimento) neste desporto, vou até lá ver quem sabe o que faz! De qualquer forma levo o brinquedo e se houver oportunidade faço-me ao mar sem medossss... Iupy ;-)

Ahhhhhh pois é,

O calor convida à praia! Nada melhor do que conseguir umas escapadelas esporádicas no final da tarde (após o trabalho) para umas "Kite Sesions" até ao anoitecer.



Open de Castelo de Vide 2008

Imagens valem mais do que mil palavras...



Open de Castelo de Vide 2008 (Parte 1)





Open de Castelo de Vide 2008 (Parte 2)

Musiquices



Ive Mendes - Natural High





Queen - Don't Stop Me Now





Shout out Louds - Tonight I have to leave it

Conhecer

Ele dizia que conhecia as mulheres!


Eu digo que conhecer as mulheres é um conceito totalmente inútil para os homens.

Um homem nunca conhece as mulheres, pois isso é algo que nos está vedado.

As mulheres são absolutamente diferentes dos homens, falam uma linguagem estranha e pensam de modo diferente.

O fascínio dos homens pelas mulheres deriva dessa estranheza e desse desconhecimento.

Quem diz conhecer as mulheres é porque não as deseja.

Os homens desejam as mulheres porque não as conhecem.

E... mais não sei dizer...

Busca

Despreza as estradas largas, segue os carreiros...

Homem

O homem é mortal por seus temores e imortal pelos seus desejos.

Vida

A vida é como uma sala de espectáculos; entra-se, vê-se e sai-se.

Mexer as peças

Uma conquista amorosa pode ser um jogo de damas ou uma partida de xadrez. No primeiro caso é a rapidez que conta; cada parceiro vai marcando tantos mais pontos quantas peças conseguir capturar. A sorte nem sempre protege os audazes, mas quem joga sabe que precisa de arriscar para avançar, ainda que isso implique perder algumas peças pelo caminho. O importante é chegar ao outro lado do tabuleiro e recuperar umas quantas peças para aumentar o poder de cada jogada.
É assim que jogamos até uma certa idade. Depois vêm as dúvidas, os traumas, os medos. O tabuleiro é o mesmo mas o jogo vai ganhando em densidade e complexidade, o amor deixa de ser fruto de um processo de conquista e de sedução e passa a um nível mais elaborado. Cada peça tem um peso distinto, um valor diferente. Cada rei – e cada rainha – aprendem a escudar-se no seu séquito; as torres vigiam, os cavalos lutam, os bispos conspiram, os peões partem em sacrifício.

À medida que amadurecemos, vamos olhando para o amor com mais reservas. Nem sempre conseguimos jogar com mais ponderação, embora vamos ganhando um maior nível de consciência; uma rainha deve saber que não é uma dama igual a tantas outras no tabuleiro. Deve por isso resguardar-se, estudando cada movimento com calma, sangue-frio e algum sentido de estratégia.

Há mulheres exímias em jogadas de mestre, que conhecem o poder do silêncio, a eficácia do mistério, o alcance da incerteza, que desenvolveram a capacidade de deixar o parceiro sempre um bocadinho na dúvida, como se entre os dois existisse uma corda bamba que ele é obrigado a atravessar todos os dias. São mulheres estrategas e cautelosas – por natureza ou por treino – que estudam as qualidades e os defeitos do seu pretendente como um examinador rigoroso e elaboram a lista de prós e de contras que as espera, para depois decidirem se vale ou não a pena deixar a rainha à solta no tabuleiro. Falta-lhes muitas vezes uma grande paixão, alguém por quem já perderam a cabeça, que as fez perder muito tempo e que depois de todas as contas saldadas, as fez pensar que perderam tudo.

QUEM perde tudo não tem outro remédio senão recomeçar o jogo. Tabuleiro arrumado, cada peça no seu sítio; peões para a primeira linha, cavalos, bispos e torres na linha da protecção até que o rei certo se desenhe no horizonte.
A ironia que atravessa todos os destinos gosta de pôr o rei do outro lado do tabuleiro. Ou então o rei apaixona-se pela rainha alheia e sonha em trocar a sua pela do inimigo.
Bispos, cavalos e torres pouco podem fazer para travar vontades soberanas; um rei reina e uma rainha governa. O rei pode avançar e recuar em todas as direcções e a rainha também, ainda com maior amplitude.

O xadrez é um jogo que também fascina aqueles que não o conseguem jogar. Depois de meia dúzia de jogadas, é normal um jogador desavisado ou preguiçoso partir para a luta como se o tabuleiro estivesse repleto de damas. Há quem não tenha paciência para alimentar estratagemas, quem goste de ganhar e saiba perder, mas que não saiba perder tempo.
No entanto, um grande jogador nunca se precipita; sabe que uma coisa é saber jogar e outra é mexer as peças e por isso espera o tempo que for preciso até que a rainha olhe para ele. Até o dia em que ela o escolhe e salta do tabuleiro.

Escrito por: Margarida Rebelo Pinto


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