A sombra negra da síndrome do coitadinho


Era complicado encarar o rumo que a minha vida estava a tomar e afastei todos ao meu redor por ter caído no buraco que eu tinha cavado. Fui perdendo todas as pessoas que se importavam e nutriam real sentimento por mim. Foi fácil afastar todos os que tentaram apontar e avisar que algo estava errado comigo.

Tive um acidente grave! Coitadinho de mim! Sou tão incompreendido!

Tive que (por conta própria) buscar uma saída. O mais humilhante foi perceber que o brilho no olhar dera lugar a um sujeito sem foco, apenas uma sombra negra daquilo em que me tornara.

E ... lá encontrei um foco … despoletado pelo carinho, consideração e amor que tinha rejeitado receber. Eram pegadas luminosas a mostrarem-me a direcção certa para transformar aquela situação adversa em aprendizagem.

A maior ironia de optar por este caminho sem foco, foi ter pisado muita gente na ida, mas voltar a encontrar muitos deles na volta. Fui generosamente impelido a vislumbrar, que a ausência de luz no fim do túnel seria apenas a minha própria escuridão.

Isto aconteceu num passado bastante longínquo, mas que subsiste como uma memória (demasiado presente) que me ajuda a encontrar algum equilibrio.
Embora possa ver a sombra negra ao meu lado, nunca a desprezo totalmente. Depois de enfrentá-la, aceitei-a como parte de mim. A minha sombra passou de inimiga a aliada. Paneleirices da globalização das sombras causado pelo aquecimento global ... digo eu! :-)

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