Fui vítima de “Bulying”

Fui ver as minhas estatísticas e constatei que não evoluí (quase) nada nos últimos 3 anos a correr. Foram 337 exercícios físicos (quase uma corrida a cada três dias e durante 3 anos), 221 horas em cima dos "calcantes", 1944 km de solas desperdiçadas e 37516 calorias consumidas na actividade da corrida.

Foi tudo um enorme desperdício e tenho provas disso! Passo a explicar: Nos últimos (dois) dias fui correr (por falta de tempo) numa passadeira rolante do ginásio. No primeiro dia, corri os meus 5 km a uma média razoável (após quase 2 meses de pura inacção). A bela da vizinha (de passadeira) roliça (a passadeira e a vizinha) estava em perfeita forma física e limitou-se a correr lenta e vagarosamente, esboçando sorrisos de gozo puro.

No dia seguinte abrandei um pouco o ritmo para recuperar do dia anterior. Eis senão que entra a mesma vizinha e desata a correr desalmadamente ao dobro da minha velocidade. Pensei: Hummmmm.... Ela quer guerra e eu já li o livro da Arte da Guerra (Sun Tsu) e estou bem capaz de aceitar o desafio (tendo em conta o meu historial de corrida anteriormente descrito) e (vai na volta) igualei o ritmo da "chavala". Ela riu-se e aumentou descaradamente o ritmo. Eu aumentei ainda mais … Estava no limite do insensato, pois tinha a certeza que não aguentaria (por muito mais tempo) aquele ritmo.

Não abrandei e corri muito acima das minhas capacidades (os 5 km) até (quase) ao vomito e à indisposição temporária! Ela esperou pacientemente que eu parasse e continuou (apenas um bocadinho mais q.b.) de forma a ter sucesso no processo de estraçalhamento do meu “Ego” masculino.

Fui alongar os músculos (e a alma) doridos e a sentir-me uma vitima de profundo “Bulying”. ;-D

Eis senão que: Vejo-a a dirigir-se ao tapete do lado e a começar a fazer cerca de 1 milhão de abdominais e 50 milhões flexões, medidas a “olhometro”.

Achei um abuso e perguntei-lhe onde estava a nave mãe?
Ela riu-se e disse: Hein????
Respondi que … ela só poderia ser mesmo doutro planeta. Talvez um alienígena masculino disfarçado sorrateiramente de … "gaija".

Respondeu-me que era professora de educação física e que corria meias maratonas e ofereceu-se para me dar umas dicas.

Agradeci e “prontos”, “pertantos” ... foi apenas “istos”!



P.S.: Vou reler alguns dos capítulos da "Arte da Guerra" para arranjar novas estratégias para ... figuras tristes! :-D

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