I believe i can fly (legendado)


Não tenho contra-indicações mas não me indico a ninguém!

Jardinagem no CATT

Os putos do CATT perderam uma selva (de ervas daninhas) e ganharam um jardim limpo. Ontem (12 voluntários) tornaram-se jardineiros no Centro de Alojamento Temporário de Tercena. O centro acolhe actualmente 88 crianças e jovens em risco num ambiente familiar, potenciando o crescimento saudável de cada uma, mesmo que as vivências passadas sejam muito traumáticas. As problemáticas que estão na origem do seu acolhimento passam por situações de desintegração familiar, abandono, grave negligência, maus tratos continuados... O tempo de permanência no CATT é o necessário até que seja definido um projecto de vida condigno, tendo em vista uma desinstitucionalização segura ou uma autonomia bem sucedida – pode passar pelo regresso à família biológica, pela adopção ou outras ...






QUASE

Um pouco mais de sol — eu era brasa.
Um pouco mais de azul — eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador d'espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho — ó dor! — quase vivido...

Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim — quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!

De tudo houve um começo... e tudo errou...
— Ai a dor de ser-quase, dor sem fim... —
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...

Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...

Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol — vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

...........................................
...........................................

Um pouco mais de sol — e fora brasa,
Um pouco mais de azul — e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

Mario de Sá-Carneiro: QUASE
(Paris, 13 de maio de 1913)

Staring at waves

If you look at a big wave and think: I will never ride that!

But then ... one day you find a way to ride it and your quest starts to become memorably eternal ...

Infinistesimal entretenimento de alto nível na Praia do Guincho ao final do dia de hoje.

Fui vítima de “Bulying”

Fui ver as minhas estatísticas e constatei que não evoluí (quase) nada nos últimos 3 anos a correr. Foram 337 exercícios físicos (quase uma corrida a cada três dias e durante 3 anos), 221 horas em cima dos "calcantes", 1944 km de solas desperdiçadas e 37516 calorias consumidas na actividade da corrida.

Foi tudo um enorme desperdício e tenho provas disso! Passo a explicar: Nos últimos (dois) dias fui correr (por falta de tempo) numa passadeira rolante do ginásio. No primeiro dia, corri os meus 5 km a uma média razoável (após quase 2 meses de pura inacção). A bela da vizinha (de passadeira) roliça (a passadeira e a vizinha) estava em perfeita forma física e limitou-se a correr lenta e vagarosamente, esboçando sorrisos de gozo puro.

No dia seguinte abrandei um pouco o ritmo para recuperar do dia anterior. Eis senão que entra a mesma vizinha e desata a correr desalmadamente ao dobro da minha velocidade. Pensei: Hummmmm.... Ela quer guerra e eu já li o livro da Arte da Guerra (Sun Tsu) e estou bem capaz de aceitar o desafio (tendo em conta o meu historial de corrida anteriormente descrito) e (vai na volta) igualei o ritmo da "chavala". Ela riu-se e aumentou descaradamente o ritmo. Eu aumentei ainda mais … Estava no limite do insensato, pois tinha a certeza que não aguentaria (por muito mais tempo) aquele ritmo.

Não abrandei e corri muito acima das minhas capacidades (os 5 km) até (quase) ao vomito e à indisposição temporária! Ela esperou pacientemente que eu parasse e continuou (apenas um bocadinho mais q.b.) de forma a ter sucesso no processo de estraçalhamento do meu “Ego” masculino.

Fui alongar os músculos (e a alma) doridos e a sentir-me uma vitima de profundo “Bulying”. ;-D

Eis senão que: Vejo-a a dirigir-se ao tapete do lado e a começar a fazer cerca de 1 milhão de abdominais e 50 milhões flexões, medidas a “olhometro”.

Achei um abuso e perguntei-lhe onde estava a nave mãe?
Ela riu-se e disse: Hein????
Respondi que … ela só poderia ser mesmo doutro planeta. Talvez um alienígena masculino disfarçado sorrateiramente de … "gaija".

Respondeu-me que era professora de educação física e que corria meias maratonas e ofereceu-se para me dar umas dicas.

Agradeci e “prontos”, “pertantos” ... foi apenas “istos”!



P.S.: Vou reler alguns dos capítulos da "Arte da Guerra" para arranjar novas estratégias para ... figuras tristes! :-D


Llorca - I Cry (Ernest St-Laurent Remix)

Coisas que eu sei ...

Carlos Queiroz ... afirma que não é um monstro e eu acho que é verdade.

Nelson Mandela não é negro.

Cristiano Ronaldo fala fluentemente português.

Lili Caneças é muito linda.

Bruno Alves é meiguinho.

Miguel Veloso não é mariquinhas.

Nunca consegui tirar burriés do nariz com a língua.

A Selecção Nacional vai ganhar o mundial de futebol 2010.


“A Waterman is someone who truly understands the ocean - a person that can adapt to the conditions that the ocean provides.”


O meu sonho tem um nome...

Explicar a razão de ser de um sonho que acalentamos desde criança é quase tão complicado quanto explicarmos a essência de que somos feitos. Eu nunca quis ser polícia, artista de circo, super-herói. Nunca partilhei as vocações dos outros meninos porque eu, desde que me lembro se ser gente, que digo que quero correr o mundo. É este o meu sonho: correr o mundo. Lembro-me de as pessoas comentarem que eu era uma menina com a mania das grandezas e de os meus pais responderem “isso passa-lhe!”. Lembro-me do primeiro Atlas que o meu avô me ofereceu e de me ensinar os nomes dos países. Lembro-me de a Professora Manuela, no liceu, dizer que eu daria uma belíssima médica e de na Faculdade se fazerem apostas em como seria a primeira do grupo a ascender à magistratura. Lembro-me de a minha avó me dizer que de um sonho não se desiste, não se abre mão, custe o que custar e leve o tempo que levar.


Hoje, continuo a acalentar o mesmo sonho com a vontade redobrada de quem investiu e investe tudo o que tinha e tem nele! Toda a formação, todo o dinheiro, todo o tempo, o melhor de mim, mesmo nos momentos em que parece que nada faz sentido e em que equacionamos se não seria mais fácil, menos duro, sonhar outra coisa qualquer. O meu sonho tem um nome. Chama-se ONU e um dia, um dia, eu hei-de cumpri-lo…

***

Pessoas do meu blogue: no dia em que entrei em minha casa tinha um colchão no chão, uma televisão do tempo da II GM e os meus livros. Durante muito tempo, os caixotes onde os tinha guardados serviram-me de mesa de refeições, de secretária, de banco, enfim. Aos poucos fui compondo o meu apartamento: uma coisa aqui, outra ali, com um subsídio de férias comprou-se o sofá, com o de natal umas estantes e por aí fora. A televisão que hoje tenho [marca hipermercado em tempo de promoção] foi-me oferecida por amigos de coração num dia de aniversário. Hoje, aquilo que estou prestes a vender não são meia dúzia de cacos velhos que me estorvam o caminho quando entro em casa, não. São as minhas coisas. Cada peça, cada livro foi adquirido com sacrifício ou oferecido por pessoas que me querem muito bem. Todos eles têm uma história. E isto, pessoas, não é uma decisão que se tome assim de ânimo leve. Só que nós não somos as coisas que temos mas os sonhos que acalentamos. As memórias ficam comigo. As minhas coisas, essas, espero que fiquem nas mãos de alguém que as saiba acarinhar. Bem hajam.


* The Pursuit of Happyness: Don’t ever let someone tell you that you can’t do something. You got a dream, you gotta protect it. When people can’t do something themselves, they’re gonna tell you that you can’t do it. You want something, go get it...


Podem ajudar a concretizar este Mega "dream" da Maria e do gato com sonho de uma vida, comprando liviros aqui: http://takeustobruges.blogspot.com/

Festival do Ar - 6 de Junho de 2010


Copyright 2008 | Paulo Reis