Eu sou o que sou e … ela (não) é muito diferente.

Eu dou-lhe um doce e … ela aceita/recusa e foge. Ela dá-me um doce e … eu recuso/aceito e fujo.

Eu aproximo-me fisicamente e … ela mantém a distância de segurança. Eu recuo assustado e … ela volta a aproximar-se.

Eu olho-a nos olhos e sinto-me vulnerável, pois os olhares nunca se separaram facilmente ao longo de vários anos.

Eu tenho uma extrema dificuldade em comunicar verbalmente com ela e … parece-me que ela não consegue comunicar verbalmente comigo.

Eu odiava-a/admirava-a secretamente e … o inverso também pode ser verdade.

Eu não lhe dirigia uma palavra "amigável" há algum tempo e ... ela não me dirigia o mesmo tipo de palavra ao mesmo número exacto de tempo.

Eu evitava estar presente onde quer que ela estivesse e … se calhar ela evitava-me sempre que possível.



Subitamente, tivemos de partilhar o mesmo espaço físico durante uma semana. Pouco ou nada comunicámos durante esses dias. Uma palavrinha aqui, uma insinuação acolá, um gesto ali, um sorriso além e tudo começou a mudar radicalmente. Agora está tudo ao contrário, todas as "barreiras" ruíram e tudo se está a tornar apaixonantemente incerto, complicadamente sedutor e profundamente excitante...

Não temos sequer uma relação de amizade/proximidade, mas ando a tentar lidar com sentimentos antagónicos/complementares que se estão a converter em … Não sei exactamente explicar neste exacto momento … hummmmm... talvez …

"Passion never makes the world go round, but it makes the ride worthwhile" : -)