Black Box Recorder - The art of driving

One step at a time

Hurry up and wait
So close, but so far away
Everything that you've always dreamed of
Close enough for you to taste
But you just can't touch

You wanna show the world, but no one knows your name yet
Wonder when and where and how you're gonna make it
You know you can if you get the chance
In your face as the door keeps slamming
Now you're feeling more and more frustrated
And you're getting all kind of impatient waiting

We live and we learn to take
One step at a time
There's no need to rush
It's like learning to fly
Or falling in love
It's gonna happen and it's
Supposed to happen that we
Find the reasons why
One step at a time

You believe and you doubt
You're confused, you got it all figured out
Everything that you always wished for
Could be yours, should be yours, would be yours
If they only knew

You wanna show the world, but no one knows your name yet
Wonder when and where and how you're gonna make it
You know you can if you get the chance
In your face as the door keeps slamming
Now you're feeling more and more frustrated
And you're getting all kind of impatient waiting

When you can't wait any longer
But there's no end in sight
when you need to find the strength
It's the faith that makes you stronger
The only way you get there
Is one step at a time




Linkin Jordin Sparks - One step at a time

No Kitesurf existem algumas variantes, sendo uma das mais espectaculares a “Wave Riding” que consiste em surfar ondas.

Estive a apreciar a técnica dum Kitesurfista que me pareceu excelente, desde a fluidez com que ele se aproximava das ondas até à forma como deslizava nelas com absoluta facilidade. Comentei o meu espanto com um outro kitesurfista e ele disse-me o seguinte: "És mesmo uma anta ignorante, não sabes que aquele é o Mitu Monteiro, uma espécie de lenda viva do Kitesurf e um dos melhores do mundo a kitesurfar ondas!"

Em seguida, revelou-me mais pormenores deste Kitesurfista nascido em Cabo Verde e que corre o circuito mundial a competir. Ao que parece, ele estava em Portugal para participar numa competição da KPWT e andava por ali a curtir umas ondas com o pessoal...

É fantástico saber que andei a dividir (anonimamente) algumas ondas com o Nº2 do Ranking Mundial de Kistesurf de ondas!

Aqui fica um filme que encontrei na Internet, onde o Mitu Monteiro demonstra todo o seu domínio artístico nas ondas perfeitas de Cabo Verde!


Mar de ...

Mar de ... núvens?

ou

Mar de ... ondas?

Tenho passado uma parte significativa dos meus dias na companhia de ambos!

Life is sweet, these days ... :-)

A revista Sábado desta semana traz uma entrevista que despertou enormemente a minha curiosidade. Fiquei intrigado com o que li na entrevista com o psicoterapeuta Flávio Gikovate.

Nas palavras dele encontrei semelhanças com a minha postura face às relações com o sexo oposto. Nas suas palavras encontrei explicação para algumas das minhas interrogações!

Aqui ficam alguns excertos duma outra entrevista que aborda os mesmos assuntos, uma vez que a entrevista da revista Sábado não se encontra disponível:


Pensar que vamos descobrir a alma gémea, casar e encontrar a felicidade é uma coisa de outro tempo. O mundo mudou, o amor vai ter de mudar.


Com 41 anos de clínica, o médico psiquiatra Flávio Gikovate acompanhou os factos mais marcantes que mudaram a sexualidade no Brasil e no mundo. Por meio de mais de 8.000 pessoas atendidas, assistiu ao impacto da chegada da pílula anticoncepcional na década de 60 e a constituição das famílias contemporâneas, que agregam pessoas vindas de casamentos do passado. Suas reflexões sobre o amor ao longo de esse tempo foram condensadas no seu 26º livro, Uma História de Amor... com Final Feliz. Na obra, a oitava sobre o tema, Gikovate ataca o amor romântico e defende o individualismo, entendido não como descaso pelos outros e sim como uma maneira de aumentar o conhecimento de si próprio.


Entrevista à "REVISTA VEJA"

Pergunta: O senhor diria para a maioria das pessoas que o casamento pode não ser uma boa decisão na vida?

Resposta: Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes são uma minoria. Com base nos atendimentos que faço e nas pessoas que conheço, não passam de 5%. A imensa maioria é a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram em uma trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos possessivos em que não há confiança recíproca nem sinceridade. Por algum tempo depois do casamento, consideram-se felizes e bem casados porque ganham filhos e se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez anos de casamento, eles terão de se deparar com a realidade e tomar uma decisão drástica, que normalmente é a separação.

Pergunta: Ficar sozinho é melhor, então?

Resposta: Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele "vazio no estômago" por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que "é impossível ser feliz sozinho". Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos.

Pergunta: Por que os casamentos acabam não dando certo?

Resposta: Quase todos os casamentos hoje são assim: um é mais extrovertido, estourado, de gênio forte. É vaidoso e precisa sempre de elogios. O outro é mais discreto, mais manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro. Todo mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre um egoísta e um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, recebe muito mais do que dá. O segundo tem baixa auto-estima e está sempre disposto a servir o outro. Muitos homens egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas preferidos. Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos joguem futebol. Consideram isso uma traição. De um jeito ou de outro, o generoso sempre precisa fazer concessões para agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor, deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade vai junto. O casamento, então, começa a desmoronar. Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo segundo.

Pergunta: Viver sozinho não seria uma postura muito individualista?

Resposta: Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade. Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo.

Pergunta: Por que os casamentos normalmente ocorrem entre egoístas e generosos?

Resposta: A idéia geral na nossa sociedade é a de que os opostos se atraem. E isso acontece por vários motivos. Na juventude, não gostamos muito do nosso modo de ser e admiramos quem é diferente de nós. Assim, egoístas e generosos acabam se envolvendo. O egoísta, por ser exibicionista, também atrai o generoso, que vê no outro qualidades que ele não possui. Por fim, nossos pais e avós são geralmente uniões desse tipo, e nós acabamos repetindo o erro deles.

Pergunta: Para quem tem filhos não é melhor estar em um casamento? E para os filhos, não é melhor ter pais casados?

Resposta: Para quem pretende construir projetos em comum – e ter filhos é o mais relevantes deles – o melhor é jogar em dupla. Crianças dão muito trabalho e preocupação. É muito mais fácil, então, quando essa tarefa é compartilhada. Do ponto de vista da criança, o mais provável é que elas se sintam mais amparadas quando crescem segundo os padrões culturais que dominam no seu meio-ambiente. Se elas são criadas pelo padrasto, vivem com os filhos de outros casamentos da mãe, mas estudam em uma escola de valores fortemente conservadores e religiosos, poderão sentir algum mal-estar. Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas.

Pergunta: Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida amorosa?

Resposta: É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas etapas que provocam sofrimento.

Pergunta: As mulheres são mais ansiosas em casar do que os homens?

Respostas: As mulheres têm obsessão por casamento. É uma visão totalmente antiquada, que os homens não possuem. Uma vez, quando eu ainda escrevia para a revista Cláudia, o pessoal da redação fez uma pesquisa sobre os desejos das pessoas. O maior sonho de 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser bons profissionais, fazer grandes viagens. Essa diferença abismal acontece por razões derivadas da tradição cultural. No passado, o casamento era do máximo interesse das mulheres porque só assim poderiam ter uma vida sexual socialmente aceitável. Poderiam ter filhos e um homem que as protegeria e pagaria as contas. Os homens, por sua vez, entendiam apenas que algum dia eles seriam obrigados a fazer isso. Nos dias que correm, as razões que levavam mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas, elas ganharão mais que eles. Resta acompanhar o que irá acontecer com as mulheres, agora livres sexualmente, nem sempre tão interessadas em ter filhos e independentes economicamente.

Pergunta: Como será o amor do futuro?

Resposta: Os relacionamentos que não respeitam a individualidade estão condenados a desaparecer. Isso de certa forma já ocorre naturalmente. No Brasil, o número de divórcios já é maior que o de casamentos no ano. Actualmente, muitos homens e mulheres já consideram que ficarão sozinhos para sempre ou já aceitam a idéia de aguardar até o momento em que encontrarão alguém parecido tanto no caráter quanto nos interesses pessoais. Se isso ocorrer, terão prazer em estar juntos em um número grande de situações. Nesse novo cenário, em que há afinidade e respeito pelas diferenças, a individualidade é preservada. Eu estou no meu segundo casamento. Minha mulher gosta de ópera. Quando ela quer ir, vai sozinha. E não há qualquer problema nisso.

Pergunta: Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre um abalo?

Resposta: Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados. Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em cidades diferentes.

Pergunta: É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?

Resposta: A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo difícil de explicar, mas que acontece.

Pergunta: Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?

Resposta: Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade. Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão a se abster desse tipo de prática.

Pergunta: As desilusões com o primeiro casamento têm ajudado as pessoas a tomar as decisões corretas?

Resposta: No início da epidemia de divórcios brasileira, na década de 70, as pessoas se separavam e atribuíam o desastre da união a problemas genéricos. Alguns diziam que o amor acabou. Outros, o parceiro era muito chato. Não se davam conta de que as questões eram mais complexas. Então, acabavam se unindo à outras pessoas muito parecidas com as que tinham acabado de descartar. Hoje, os indivíduos estão mais críticos. Aceitam ficar mais tempo sozinhos e fazem autocríticas mais consistentes. Por causa disso, conseguem evoluir emocionalmente e percebem que terão que mudar radicalmente os critérios de escolha do parceiro. Se antes queriam alguém diferente, hoje a tendência é buscarem uma pessoa com afinidades.



"Hoje a individualidade é tão preciosa que ninguém quer (e não deve) abrir mão dela para viver com alguém. Uma individualidade bem resolvida é condição sine qua non ao sucesso de qualquer relação".

"As boas relações afectivas são parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem".

"... é muito perigoso depender de "terceiros" para ser feliz. Quando um dos dois percebe que não encontrará no outro aquilo que procura, a separação é inevitavél, porque no amor responsabilizamos o outro pelo nosso bem-estar, mesmo sabendo que essa é uma luta individual".

Sobre fêmeas

De acordo com estudos científicos altamente credíveis e rigorosos, tanto o "ponto CRUZ" como o "ponto G" são bastante procurados. Sendo que, o "ponto COM" bate todos aos pontos.

Into the Wild

"...the sea's only gifts are harsh blows and, occasionally, the chance to feel strong. Now, I don't know much about the sea, but I do know that that's the way it is here. And I also know how important it is in life not necessarily to be strong but to feel strong, to measure yourself at least once, to find yourself at least once in the most ancient of human conditions, facing blind, deaf stone alone, with nothing to help you but your own hands and your own head..."


(Into the Wild)

Things to avoid...

Tinha um avatar no Second Life, conheceu o namorada num Chat, vivia de um website que criou, descarregava todos os filmes e música que desejava online, fazia as suas compras no Ebay, tinha muitos amigos no Hi5 e passava longas horas a conversar no Messenger.


Quando morreu ninguém apareceu no funeral ...

Descobri um teste online e resolvi fazê-lo! Tenho constatado que os resultados destes testes virtuais raramente estão longe da realidade...

Segundo este teste gastronómico, o meu menu é bem variado :-)

"Sabe como curtir a vida, mas sem cometer exageros. É equilibrado e nunca quer mais do que pode ter. Tudo na sua vida tem que ser belo, doce e gostoso.
Não se preocupa tanto com a beleza exterior e, sim, com a essência das coisas. Faz o estilo romântico e não troca um momento a dois por nada desse mundo. Gosta de manter o controle da situação e saber exatamente onde está pisando.Tem mania de complicar tudo e transforma um problema pequeno numa coisa gigantesca.
Adora a comodidade proporcionada pela vida moderna. Não consegue ficar longe da bagunça das cidades grandes. Fica ruminando seus problemas por dias, sem conseguir resolvê-los."


Faça o seu teste clicando ... aqui

Amor ou não amar, eis a questão?

Não existe um amor maior que outro amor, apenas existe um amar diferente de outro amar.

Nunca deixo de amar alguém que se foi da minha presença, mesmo quando outro alguém ocupa o lugar de amor presente. Se foi realmente amor, permanecerá como uma espécie de " chuva ardente"; se foi apenas paixão, foi cadente e há muito se apagou.

Acreditar que só se ama uma vez, é limitar brutalmente a experiência de amor. Se nasci com múltiplas oportunidades de experimentar tantas coisas diferentes neste mundo, por que razão seria diferente com o amor de sentir e o amor de me dar?

Tenho a certeza que existe mais do que um amor e posso jurar: todos vão amar mais de um amar...

Liberdade

“Cada um de nós é, no fundo, um ideia ilimitada da liberdade.

Devemos rejeitar tudo aquilo que nos imponha limites.

Aliás… dispomos de todas as possibilidades, da mais absoluta liberdade de escolha.

Como num livro, onde cada letra permanece para sempre na página, a nossa consciência tem o direito de decidir o que quer ler e o que prefere deixar de parte…”

(Richard Bach)

Nós somos o que pensamos

Nós somos o que pensamos.

Com o pensamento, construímos e destruímos o mundo.

Nós somos o que pensamos.

A nossa imaginação pode causar-nos mais danos que o nosso pior inimigo.

Paulo Coelho

Amor à primeira pranchadela

Andava calma e sossegadamente a deslizar no mar ao final do dia de ontem, quando a avistei pela primeira vez. Era linda e o primeiro contacto foi absolutamente mágico. Tive a sensação que não a podia deixar escapar.

Andei a apreciá-la (à distância) durante algum tempo, até cometi a imprudência de dar umas deslizadelas com uma das suas irmãs em dias anteriores, mas nada se comparava à sua leveza e suavidade. Ao primeiro contacto, soube imediatamente que estávamos destinados a deslizar juntos.

A minha nova (usada) prancha de Kitesurf é uma perfeita loucura. Após experimentá-la durante breves minutos, soube que não nos iriamos separar. Troquei uma prancha praticamente nova e com muito pouco uso, por uma prancha usada e estou terrivelmente satisfeito! Agora resta-me a penosa adaptação a um novo estilo de prancha muito mais avançada e difícil de controlar, mas que me irá permitir evoluir de forma a fazer manobras que anteriormente não estariam ao meu alcance.

A previsão de vento forte e ondas grandes com fartura para hoje ao final do dia, deixam-me excitado. Finalmente vou poder experimentar uma prancha de Surf com footstraps e "kitesurfar" nas ondas. Tenho andado a treinar "Fakie" (deslizar com os pés ao contrário), que é uma técnica absolutamente essencial para poder utilizar uma prancha de Surf, sem ter de tirar os pés da prancha durante as voltas... Confesso que não sei como irei controlar a conjugação entre kite, prancha de surf e ondas. São demasiadas variáveis complicadas a dominar ao mesmo tempo, mas não custa nada tentar. Quem não arrisca, não petisca! Se bem que neste caso, apenas se petiscam pirolitos enjoativos de água salgada :-)

Advance Omega
The Omega board was born following innovative design combined with the highest quality materials and construction technologies. The Omega Board is made in Italy with a totally hand made construction for better fusion between wood core and composite materials! The Wood Core gives unequalled lightness and flexibility, and with its particular shape is an all round board that is also suitable for use in the hardest conditions. With it's particular shape it is an all round board which is also great for power style as it is very light and forgiving on the landings with a highly tested shape in all conditions resuting in quick planning and an efficient upwindability thanks also to the assymetric fins. Comfort is another quality of the Omega which is fitted with shock absorbent pads. This boards have a great pop, upwindability, comfort and after hours in the water your legs will not feel tired.

O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu.
Michelangelo Buonarroti

Nunca ninguém se perdeu. Tudo é verdade e caminho.
Fernando Pessoa

A pior forma de se sentir a falta de uma pessoa é estar sentada ao seu lado e saber que nunca a vais poder ter.
Gabriel García Márquez

Depois de algum tempo acabas por aprender a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
William Shakespeare

O céu ao menos não tem muros e as aves não fazem fronteiras nem põem vidros partidos nas nuvens.
José Gomes Ferreira

Os Fracos intimidam-se. Os Fortes abrem as portas e acendem as luzes.
Dalai Lama

Sobre a estupidez natural

É difícil descobrir que se é estúpido ao fim de mais de três décadas e meia. Alguém que nunca se achara estúpido e que tem atravessado demasiados horizontes perigosamente alternativos, percebe isso a meio da vida e já não pode regressar atrás. Alguém que foi estúpido vezes sem conta, confiando demasiado no destino, nos instintos e em desígnios místicos. Alguém que se soubesse quem era, não teria corrido tantos riscos ou … teria corrido ainda muitos mais riscos. A verdade é que se ele soubesse quem era, não tinha sido estúpido. E foi estúpido, mas agora tem várias opções, todas elas ainda mais estúpidas. Aos estúpidos não é concedida nenhuma opção que não seja estúpida.

My memories...



Linkin Park - Leave out all the rest

Estúpidez natural

Sempre que descobria mais um defeito, pensava para mim mesmo: PELO MENOS NÃO SOU ESTÚPIDO.

Agora que descobri que sou estúpido, nem esse consolo tenho!

Vida interior

Traumas, dúvidas, medos, angústias, confusões. A minha "vida interior" é o caos. Só quando estou ocupado com alguma coisa interessante é que tenho algumas tréguas. Isso não significa que eu seja uma pessoa demasiadamente complexa ou sequer interessante. Significa tão somente apenas que tenho uma CABECINHA FODIDA :-)

Estou de regresso, após mais uma época de competições de Parapente a nível nacional. Este ano participei em 4 competições bastante disputadas e duras, naquele que foi o campeonato mais disputado dos últimos anos. Sinto uma enorme satisfação por ter cumprido todos os objectivos a que me propus no inicio da época, tendo conseguido superar diversas adversidades físicas e mentais. Aprendi muito e descobri novas formas de evolução neste fascinante desporto…


Comecei a primeira prova do ano bastante mal, tendo apenas conseguido o 20º lugar na prova. Senti falta de motivação e sabia que poderia fazer muito melhor. Voei de forma agressiva, mas a certa altura vacilei mentalmente (com a possibilidade de ter de aterrar numa zona desértica e escolhi voar numa rota alternativa e segura). A opção foi péssima e não cumpri o objectivo do dia.
Neste campeonato competitivo, as falhas e a falta de regularidade afastam-nos de qualquer expectativa de atingir melhores lugares na classificação, pois o nível é alto e existem actualmente muitos bons pilotos. Após este descalabro, resignei-me a lutar apenas pelo título colectivo para a minha equipe, pois pouco poderia esperar em termos de resultados individuais.

Na competição seguinte, tudo mudou e acabei inexplicavelmente no 3º lugar do pódio. Passei de derrotado a vencedor num ápice! Aquilo que poderia parecer uma miragem impossível de alcançar, passou a ser algo atingível. Foi o meu primeiro pódio numa competição nacional e teve um sabor especial. Tive de lutar contra muitas adversidades e dores físicas resultantes dum acidente (sem consequências graves) durante uma descolagem falhada. Caí literalmente por uma ribanceira abaixo e fui atropelado por um calhau gigante que rebolou na minha direcção. Fiquei com um braço totalmente negro e dorido, mas ainda assim consegui descolar novamente. Passei o grupo que liderava a prova e encontrava-me na liderança no momento em que a prova foi cancelada (por motivos de segurança discutíveis) . Não venci nesse dia, mas consegui ser regular no dia seguinte, onde ataquei e liderei a prova, apenas sendo ultrapassado no final por alguns pilotos. Tive de voar durante vários dias com um hematoma enorme num braço que me causava limitação de movimentos, falta de força e dores brutais.

Com apenas um dia de intervalo e após uma monumental ressaca, motivada pela celebração do lugar no pódio, segui para a terceira prova do ano, numa altura em que já me encontrava no Top 10 do Campeonato Nacional. A motivação era (agora) bastante diferente e sabia que estava mentalmente forte e que tudo seria possível se recuperasse da minha lesão no braço que parecia um trambolho negro! Contudo, esta terceira prova do campeonato acabaria por ser outra enorme desilusão. A organização foi mediocre e a segurança dos pilotos foi posta em causa (por diversas vezes). No final da prova fui alvo de penalizações injustas e desci dois lugares no Campeonato Nacional em função disso. Fiquei classificado em 7º lugar, quando na realidade deveria ter ficado em 5º! Fiz diversos protestos às entidades competentes, mas as injustiças perduraram e fizeram-me pensar que não teria qualquer hipótese de continuar a lutar pelo título.

Com apenas uma semana de intervalo, teve lugar a última e derradeira semana de competição, onde tudo iria ficar decidido. As diferenças de pontuação entre os primeiros 10 pilotos era bastante reduzida. Esta competição contou com a presença de alguns dos melhores pilotos Espanhóis e alguns Franceses, que vinham decididos a lutar pelas primeiras posições, mas … os "Tugas" não deram qualquer hipotese!

Logo no primeiro dia de prova, passei para 5º lugar do Campeonato Nacional. No segundo dia de prova, voltei a cometer um erro, contudo insisti e lutei como pude para cumprir o objectivo do dia e chegar ao final da prova, ainda que com um atraso brutal para os primeiros classificados. Tinha uma vantagem confortável para os pilotos que me seguiam e desci apenas um lugar. No terceiro dia de competição voltei a ser regular e subi para 5º lugar de novo.
Faltava apenas um dia de competição e já estava definido o Campeão Nacional, mas o segundo lugar ainda era uma incógnita e qualquer um dos 10 primeiros poderia sagrar-se vice-campeão nacional. Seria uma “prova de nervos” para todos e um voo tático de controle dos adversários.

A corrida começou mal, com um acidente dum amigo e ex-colega de equipa logo no inicio da prova. Felizmente ele encontrava-se bem e comunicava pelo rádio! Nessa altura, ainda estava em terra e só descolei quando soube que ele estava realmente bem! Fiquei nervoso, atrasei-me demasiado e tive de lutar bastante par alcançar o grupo da frente. Consegui chegar perto, mas depois perdi-os novamente. A certa altura calculei que estaria virtualmente no pódio se a prova acabasse ali, mas ainda faltavam algumas horas de voo e tudo se iria alterar. Três dos pilotos que estavam à minha frente eram "cartas fora do baralho" no campeonato.

A visão do acidente do meu amigo (que estava classificado na altura em 3º lugar) fez-me pensar bastante acerca das ambições desmedidas e decidi relaxar e apenas gozar o voo sem me preocupar com os resultados. Os pilotos foram agrupando-se e trabalhámos todos em conjunto para chegar o mais longe possível, num dia de voo complicado. Juntei-me aos meus amigos (alguns adversários directos na classificação) e voámos todos juntos. Deixei de ter a necessidade de tentar vencer (o que quer que fosse) e senti-me bastante bem apenas por poder estar a voar daquela forma. Senti um misto de prazer e emoção ao ver um ex-aluno a voar comigo e a caminho de se sagrar vice-campeão nacional. Ele merecia aquele títiulo!

No final, adorei ter conseguido competir a um nível tão elevado, com todos estes excelentes pilotos. Senti uma enorme emoção (convenientemente disfarçada) de ver um ex-aluno a confirmar-se como um dos melhores pilotos nacionais, atingindo um nível que eu sempre soube que estaria ao seu alcance, desde o primeiro dia em que o conheci!
Foi uma época difícil e repleta de contratempos, incertezas e dificuldades. No começo do ano definiram-se objectivos individuais e colectivos dentro da Equipa AVLS. Definiram-se objectivos alcançáveis e objectivos sonhados! Dificilmente pensei que conseguiria atingir os objectivos a que me propus. Sinto que realizei mais um sonho "quase impossível", numa altura em que ponderava seriamente deixar as competições e dedicar-me a explorar outros horizontes. Estava convencido que a minha margem de progressão neste desporto seria cada vez mais limitada. Eis senão quando, consegui aprender coisas novas, descobri novas técnicas de voar intuitivamente, novas estratégias competitivas e novas margens de progressão para conseguir voar … tudo aquilo que sei … que serei capaz um dia ... :-)
O voo livre é apaixonante e as pessoas envolvidas neste desporto são fantásticas! Existe uma parte muito positiva e bonita na "alta competição" que se traduz na amizade que une a tribo parapentista nacional e que não tem paralelo no mundo. Tenho a nítida noção que somos um grupo de amigos que voam livremente e por prazer. No final acaba por vencer alguém e todos ficamos felizes por ele, independentemente de quem fôr. Sinto-me feliz e satisfeito por ter cumprido todos os meus objectivos ao ficar classificado em 7º lugar ( Top 10) e por ter contribuído para que o meu clube (AVLS) se sagrasse vice-campeão nacional pela segunda época consecutiva.
Com tudo isto, voltei a a sonhar “bem mais alto” e em vez de abandonar definitivamente as competições, sinto-me motivado a tentar participar em algumas provas da Taça do Mundo de Parapente! Iupi!!!!!!!!!!!!!!

Em boa verdade não sei porque é que um pássaro voa, nem quero saber. Voar já é tanto. Explicar o voo morfologicamente é reduzi-lo, é fazê-lo aterrar. O que é banal para um pássaro tem de continuar a ser maravilhoso para nós.
Miguel Esteves Cardoso


Porque me apetece viajar no tempo e porque quero sentir o vento em pleno voo, e que as pessoas olhem, observem e tomem consciência de que a glória ainda existe...
Richard Bach


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