Diariamente tento interiorizar que: "eu só devo querer quem me quer a mim". Mas, infelizmente tenho de admitir que sou constituído de uma matéria-prima demasiado imperfeita, acabando por querer quem não me quer.
Sou uma espécie de masoquista consciente, que mergulha vezes sem conta no vazio para sentir a adrenalina fluir. Felizmente, sei mesmo voar e consigo planar o tempo suficiente para encontrar uma aterragem segura. Normalmente "perco a mulher, mas não perco a amiga". Mesmo desejando uma história diferente, raramente fico quieto à espera por alguém que (se calhar) nunca existiu sem ser nos meus estupidificantes sonhos.
A cada dia que passa, mais me convenço que me atiro deliberadamente para estas histórias absurdas, inventadas e alimentadas (por vezes) apenas na minha "cabeça de vento" demasiado arejada. Estes voos impulsivos rendem-me demasiadas expectativas destroçadas em vez de "actos duradouros"!
Por vezes aconteçe, apaixonar-me tão intensamente ao ponto de julgar que jamais irei conseguir apaixonar-me com a mesma intensidade por qualquer outra pessoa. Mas, quando me recordo de todas as paixões que tive no passado, e da forma como o tempo as apagou deixando apenas as boas lembranças, sei que isso é tudo ... menos verdade!
Como acredito que quem quer faz, cada um é livre de viver a história que quer para si! Por essa razão, desisto rapidamente de pensar nas possibilidades que me fazem atirar de cabeça para histórias excitantemente (ir)reais, mas das quais nunca me arrependo nunca de ter vivido. Vivo numa espécie de "Montanha Russa" imperfeita onde o "botão STOP" é apenas accionado por breves momentos, pois nos demais momentos a viagem acaba por ser alucinante :-)
"Quem quer faz acontecer, quem não faz acontecer é porque não quer!"