Viver é desenhar... sem borracha

Por vezes deparo-me com o dilema de não saber se será correcto ter uma atitude pro-activa e continuar a tentar, ou se seria preferível ficar à espera do que a vida tem para me oferecer. O tentar pode ser excitante e repleto de mistérios, mesmo porque acredito à partida que aquilo que tiver de acontecer, acontecerá.
Costumo ser corajoso e impulsivo, mas ultimamente sinto-me cobarde, desgastado, e vulnerável. Não quero ferir, nem ficar ferido... quero apenas estar em paz. O tentar pode vir a ser um martírio, mas o não tentar também. Acabo por ficar mesmo nada em paz. Não quero envolver-me numa dúvida terrível e ferir-me na mesma porque queria ter tentado e não o fiz... Por isso, vou tentar de novo em vez de ficar triste e a remoer em ilusões passadas e que cada vez mais considero impossíveis ...

As ilusões são tão necessárias quanto a vida. Adoro viver de ilusões, pois mesmo quando me perco numa ilusão, aprendo lições mais importantes do que quando encontro uma verdade absoluta. A ilusão é uma questão de sobrevivência pois é ela que sustenta a alma das pessoas. Os grandes artistas são aqueles que mostram à humanidade a sua ilusão particular. Para mim, a realidade é apenas uma ilusão, ainda que muito persistente. A minha maior ilusão é acreditar que sou o que penso ser.

“When we walk to the edge of all the light we have and take the step into the darkness of the unknown, we must believe that one of two things will happen: there will be something solid for us to stand on, or we will learn to fly.”

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