Gosto das pessoas, principalmente daquelas que vivem a vida divertidas, sorridentes e optimistas, mesmo tendo de enfrentar problemas gravíssimos. Estas pessoas não nasceram exactamente assim, mas aprenderam, cresceram e amadureceram para serem desta forma. Ao contrário do que muitos asseguram, isto não é uma condição, mas acaba por ser uma vontade!
Costumo ser uma dessas pessoas e os meus segreds para continuar a perseguir essa vontade são: tentar ser tolerante, desdramatizando os meus contratempos, as minhas atitudes excessivas e acima de tudo os infindáveis erros: tanto os meus como os dos outros. Isto leva-me a ter de lidar com pessoas que nada sabem sobre mim, mas que gostam bastante de mim quando estou bem, e isso é demasiado fácil. O difícil (e mais verdadeiro) é gostarem, ainda mais, quando não estou ...
Sinto um prazer enorme em tentar conhecer e conviver com o lado menos visível, tanto o meu como o das pessoas que realmente me interessam, pois o lado alegre é quase sempre sedutoramente enganador. Adoro gostar daqueles que também gostam de mim, digamos que incondicionalmente...
Tropeçava no riso,
Traçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro.
E alguém me gritava
Com voz de profeta
Que o caminho se faz
Entre o alvo e a seta"
(Pedro Abrunhosa)