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Estou cansado. Muito cansado. Do mundo.

Ando a pensar demais nas coisas que amo na vida. Por mais que esteja a viver um dos melhores momentos dos meus 34 anos, parece que o mundo decidiu fazer um complô contra os meus sonhos. Tenho perdido amigos pois eles não sabem valorizar a minha felicidade. Desde quando amar alguém é olhar para o próprio umbigo? Tenho a certeza de que muitos deles preferiam que eu estivesse miserável, desapaixonado e presente nas suas vidas. Um homem feliz e ausente é algo que poucas pessoas desejam. A felicidade ofende! Se pra ficar ao meu lado for preciso que você seja infeliz, que seja, é o pensamento corrente. Sei que estou a ser cruel, mas o mundo que eu conhecia parece estar a desintegrar-se aos poucos. As coisas que eu mais amava fazer parecem fardos sobre os meus ombros. Queria ter coragem de jogar tudo para o alto, abandonar os vícios que sempre me fizeram feliz, e dedicar-me de corpo e alma à nova vida que me foi apresentada. Não quero abandonar o meu passado, mas quero viver o futuro com todas as possibilidades que ele apresenta para mim. Quero conhecer pessoas leves e sorridentes, que saibam que a amizade não é obrigação, e que descartar um convite não é um sinal de mal-querer. Queria morar numa montanha, com um laptop no colo e escrever sobre a saudade que tenho de tudo aquilo que ainda vou viver. Sobretudo, quero estar descansado para poder sorrir com leveza. Quero que as pessoas se sintam felizes com a minha felicidade. Desculpem qualquer coisinha, mas eu precisava escrever isto!

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